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Rebelião no Estabelecimento Prisional de Lisboa

Estão a decorrer distúrbios na ala E do Estabelecimento Prisional de Lisboa, onde estão mais de 300 prisioneiros, avança a RTP. Até ao momento os guardas prisionais ainda não conseguiram controlar a situação.

Rebelião no Estabelecimento Prisional de Lisboa
Notícias ao Minuto

20:09 - 10/02/18 por Filipa Matias Pereira

País Tumultos

Há uma “situação muito tensa no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL)”. A garantia é de Júlio Rebelo, presidente do Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional, em declarações à RTP.

Em causa estará a falta de elementos da Guarda Prisional, o que terá influenciado a dinâmica de visitas desta tarde no referido Estabelecimento Prisional. “Não houve possibilidade de fazer as visitas na totalidade. E as que foram realizadas só duraram 10 minutos”, acrescenta.

Ora, face aos acontecimentos, “gerou-se tensão entre os reclusos” e “posso garantir ainda que a medicação ainda não foi entregue e a alimentação também não foi feita a horas”. Aliás, esclarece Júlio Rebelo, “neste momento não tenho conhecimento de que já tenha sido feita na ala E”.

Quanto aos distúrbios, não são conhecidas, até ao momento, vítimas, mas os detidos incendiaram “alguns itens da própria ala, nomeadamente colchões”. A situação atingiu um pico de gravidade quando os presos destruíram “o gradão de segurança”. Não se pode esquecer, acrescenta o guarda prisional, que o EPL “é um ponto fulcral nos estabelecimentos prisionais e por isso pode haver um efeito dominó”.

Já relativamente aos motivos que estão na base deste rebelião – a falta de elementos da Guarda Prisional -, a fonte do Sindicato esclarece que “a nova escala que o senhor diretor geral quer impor, que obriga o corpo de guardas a fazer horas extras, não é uma situação legal”. Por isso, “estes não estão a fazer as horas extras que lhe são exigidas. Só cumprem o horário legal”.

Em declarações à Lusa, o diretor geral dos Serviços Prisionais afirmou hoje que o abandono do posto por vários guardas do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) provocou "alguma gritaria" entre os reclusos, mas negou que tenha havido qualquer espécie de motim. Celso Manata disse que "houve um conjunto de guardas que às quatro horas da tarde abandonaram o serviço ilegalmente", o que provocou "dificuldade em manter os horários normais" nas visitas, refeições e medicação.

"Houve alguma gritaria, mas não passou disso", disse o responsável pelas prisões em Portugal, referindo que o grupo de intervenção policial dos serviços prisionais foi chamado à prisão, como "faz parte dos procedimentos, mas nem sequer atuou".

Ao início da noite, a situação estava normalizada, garantiu.

"Todo o serviço atrasou", lamentou, e "houve um gradão que caiu porque os presos se encostaram", referiu Celso Manata, garantindo que os guardas que saíram "vão ter um processo disciplinar por causa disso".

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