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"Não faz sentido prestar declarações sem mínimo de conhecimento do caso"

O advogado pretende saber quais os elementos da acusação.

"Não faz sentido prestar declarações sem mínimo de conhecimento do caso"
Notícias ao Minuto

15:49 - 08/02/18 por Inês André de Figueiredo

País João Nabais

João Nabais, advogado de Paulo Rangel, falou aos jornalistas na pausa para a hora de almoço e garantiu que será tomada uma decisão sobre a prestação ou não de declarações, em função daquilo que se possa ou não ver do processo.

À porta do Supremo Tribunal de Justiça, o causídico referiu que está com um “bom estado de espírito, sem embargo de estar a viver uma situação muito dramática do ponto de vista pessoal”.

Ter à volta dele todos este estardalhaço mediático é uma coisa complicada, não é fácil sentir que as pessoas olham para ele como uma pessoa suspeita de ter praticado atos que já vieram muito difundidos na comunicação social e sabemos que há uma certa imaginação nesse domínio”, referiu o advogado.

Quanto à manhã no Supremo Tribunal de Justiça, João Nabais explicou que estiveram a ser discutidas “questões procedimentais e processuais” que a defesa queria ver “clarificadas”. “Estivemos a tomar contacto com indícios existentes e neste momento estamos nessa fase”, reforçou.

Durante a tarde o advogado acredita que irão saber a “agenda dos próximos dias”.

“Não faz sentido uma pessoa prestar declarações sem o mínimo de conhecimento daquilo que existe contra ela”, assegura.

“Temos de ter a humildade de, entre nós, Ministério Público e defesa, tentarmos definir as regras com que nos vamos coser e é isso que estamos a fazer”, salvaguarda o advogado.

Fátima Galante será ouvida no Supremo Tribunal de Justiça após terminar o interrogatório a Rui Rangel. Os dois juízes desembargadores no Tribunal da Relação de Lisboa estão indiciados por corrupção/recebimento indevido de vantagens, branqueamento, tráfico de influência e fraude fiscal.

Além de Rui Rangel e de Fátima Galante, a Operação Lex tem pelo menos outros dez arguidos, entre os quais o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o vice-presidente do clube Fernando Tavares e o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol João Rodrigues.

Cinco dos arguidos que se encontravam detidos já foram ouvidos no Supremo Tribunal de Justiça, tendo saído todos em liberdade, e um deles pagou uma caução de 25.000 euros.

Na operação, desencadeada a 30 de janeiro, foram realizadas 33 buscas, das quais 20 domiciliárias, nomeadamente ao Sport Lisboa e Benfica, às casas de Luís Filipe Vieira e dos dois juízes e a três escritórios de advogados.

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