É preciso que "dez milhões de portugueses" ajudem na prevenção dos fogos
O ministro da Administração Interna defendeu hoje que é preciso que "dez milhões de portugueses" colaborem na prevenção dos incêndios para garantir que são pelo menos respeitadas as zonas de floresta limpa à volta de casas e aldeias.
© Global Imagens
País Incêndios
Eduardo Cabrita, que falava numa conferência organizada pelo Fórum para a Governação Integrada, afirmou que é esse um dos desafios para fazer de 2019 o ano da colaboração, aproveitando a consciência de que a segurança coletiva não depende só de uma entidade trazida pela tragédia dos incêndios de 2017, em que morreram mais de cem pessoas.
Se não envolver todos, "não faz sentido", afirmou.
Para isso, é preciso convocar autarquias, instituições de solidariedade, administração pública, organizações não governamentais e cidadãos para contrariar "alguma apatia participativa" na sociedade portuguesa.
"Há um défice óbvio de participação genuína em torno de grandes temas", considerou o ministro perante a Conferência Internacional sobre Governação Integrada, com 1.100 inscritos.
Da mesma forma, só a colaboração entre entidades da sociedade civil e administração pública é que permitirá a Portugal continuar na "causa da abertura e da cooperação" em relação ao acolhimento a refugiados.
Eduardo Cabrita assegurou que hoje há refugiados "em 98 autarquias" e que nunca um autarca lhe disse que não queria receber pessoas que atravessam fronteiras em busca de "pão para os filhos", como fizeram tantas pessoas durante o tempo da ditadura em Portugal, que eram basicamente "imigrantes ilegais" nos países para onde iam.
Portugal "precisa de atrair migrantes", defendeu, por razões que incluem o declínio demográfico em Portugal.
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