Sargentos da GNR criticam política de recrurtamento na corporação
A Associação Nacional dos Sargentos da Guarda criticou hoje a política de recrutamento na GNR, considerando que a corporação atravessa a "dramática dificuldade" de assegurar serviços de patrulhamento e fiscalização devido à falta de cerca de 6.000 militares.
© Facebook/GNR - Guarda Nacional Republicana
País ANSG
"Assiste-se atualmente na Guarda à dramática dificuldade em assegurar o serviço de patrulhamento e fiscalização nas áreas da sua responsabilidade. A falta de militares, em cerca de 6000 efetivos, tem levado à redução drástica de patrulhas e constante agrupamento de área de dois e três postos, patrulhada apenas por dois elementos", denuncia aquela associação, em comunicado.
Para esta associação que representa os sargentos da guarda, esta situação é "altamente castradora" para a GNR e para os militares.
A Associação Nacional dos Sargentos da Guarda (ANSG) considera também que "a desastrosa política de admissões e de formação profissional" é por "demais evidente", sublinhando que se terminou com o policiamento preventivo e apenas "sobrou um tipo de policiamento o reativo".
Na nota, a ANSG contesta também a forma como vão ser recrutados os 500 militares para o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) e os elementos para Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, considerando uma incorporação "com visão desgarrada" e que "coloca em causa a coordenação, a operacionalização e o funcionamento da Instituição".
"A promover nova incorporação nem todos podem ter como destino o GIPS ou SEPNA, porque no dispositivo existem militares com pedidos de colocação naquelas valências, além de que os militares a incorporar no GIPS vão ser colocados na prevenção e combate sem qualquer vínculo à GNR, temendo-se algum acidente, qual vai ser a sua relação jurídica e se depois de servido o intuito não finalizar com aproveitamento curso, terá servido como carne para canhão", sustenta a associação dos sargentos.
Na semana passada, o Governo anunciou o recrutamento de 600 militares para a GNR no âmbito do reforço da prevenção e do combate aos incêndios florestais.
Este recrutamento externo é feito devido ao reforço de 500 elementos para o GIPS e de 100 para o SEPNA da GNR.
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