"O primeiro ponto é encontrar um projeto alternativo à gestão da direita na Câmara Municipal do Porto. Em segundo lugar, esta é uma candidatura de abertura aos militantes, à sociedade e à cidade. Esta é uma moção que aprofunda e reforça a democracia interna dentro do PS", disse Renato Sampaio aos jornalistas, à margem da apresentação da sua moção estratégica "A ambição de vencer".

O candidato que vai medir forças com o atual presidente da concelhia socialista, Tiago Barbosa Ribeiro, frisou que "tem de haver um grande respeito pelas estruturas, pelos militantes e fundamentalmente pelos órgãos", sintetizando: "Quero uma Concelhia forte, dinâmica, prestigiada e que retome a identidade do PS na cidade do Porto".

Confrontado com a pergunta sobre se sente que essa identidade se tem perdido, Renato Sampaio escusou-se, como fez durante a sua intervenção perante algumas dezenas de apoiantes, a falar da candidatura adversária à sua, mas admitiu que não concorda "com a estratégia prosseguida no passado, nem com aquilo que é proposto para o futuro".

Já perante os militantes, Renato Sampaio referiu que sente "a responsabilidade de, no futuro, unir o Partido Socialista do Porto", salientando a ideia de que lutará, se for eleito, "para que a concelhia PS/Porto esteja à altura do que é necessário para a defesa da região e pronta para retomar o caminho das vitórias no Porto".

"Não me resigno com a secundarização do PS na cidade do Porto. Queremos uma concelhia forte para credibilizar e respeitar o PS/Porto. Esta é uma candidatura de inclusão, uma candidatura de todos. Queremos aprofundar a democracia interna do PS. Ninguém é dono de ninguém dentro do PS. O PS tem no seu ADN a liberdade de escolha", disse Renato Sampaio.

Após um discurso que terminou com a frase "Esta é uma candidatura vencedora a bem do PS, a bem do Porto, a bem de todos nós", foi apresentada a moção estratégica feita por Rui Saraiva e José Miguel Silva.

Apoiar as medidas do atual Governo de investimento na Metro do Porto e na STCP, criar soluções de habitação e propor a criação do Orçamento Participativo, foram algumas das medidas lançadas.

Esta candidatura também afirmou querer "lutar por um modelo de organização territorial da cidade" e prometeu "apoio político ao atual Governo e a António Costa".

"Sanar eventuais divergências de percurso" e "respeitar o passado do PS" também foram metas enumeradas, a par de "garantir o apoio e a solidariedade a todos os autarcas eleitos pelo PS" e "atrair jovens à política e ao PS".

No que diz respeito à cidade, a equipa de Renato Sampaio avançou com medidas promotoras de emprego, bem como apostas para o ambiente e mobilidade, novas tecnologias, qualidade de vida e desporto", entre outros aspetos.