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Inspetores não “aguentavam mais um mês” com Pimenta Braz

O Sindicato dos Inspetores do Trabalho mostrou-se aliviado com a saída de Pimenta Braz. Afirma que alguns inspetores estavam numa “situação limite”.

Inspetores não “aguentavam mais um mês” com Pimenta Braz
Notícias ao Minuto

15:59 - 09/01/18 por Fábio Nunes

País Sindicatos

O Sindicato dos Inspetores do Trabalho admite um sentimento de alívio com a demissão de Pedro Pimenta Braz do cargo de inspetor-geral do Trabalho. Em declarações ao Notícias ao Minuto, Carla Cardoso, presidente do Sindicato, não esconde que os últimos cinco anos com a direção liderada por Pimenta Braz foram bastante difíceis.

O sentimento que se vive na ACT com estas notícias é um mix de pena, porque não queríamos que a casa fosse notícia por estes motivos que são bem tristes, mas por outro lado de muito alívio porque finalmente este senhor deixou de ter possibilidade de continuar a fazer o que tem feito durante cinco anos. Ele e os outros membros da direção”, disse.

A relação entre a direção da ACT e o sindicato era praticamente inexistente.

“Foi uma situação de rutura. Não existe relação porque a direção pura e simplesmente ignorou a existência do sindicato, ignorou o diálogo com o sindicato, ignorou as reivindicações do sindicato, portanto é como se nós não existíssemos. Nós fazíamos as comunicações, dizíamos o que tínhamos a dizer, manifestávamo-nos mas eles não davam resposta. Para existir relação tem que existir reação das duas partes”, sustenta Carla Cardoso.

A presidente do sindicato confirmou que os inspetores estavam numa “situação limite”. “Em dezembro saíram cinco inspetores que não conseguiam aguentar mais um mês que fosse” e referiu algumas das situações que penalizaram os inspetores.

Foi tão grave tudo o que aconteceu durante cinco anos e lamento imenso que este senhor, que está agora de saída, tenha vindo para a comunicação social ainda fazer-se de vítima e a querer desresponsabilizar-se de tudo o que fez aos profissionais, à casa e aos trabalhadores portugueses. E vem dizer que quer uma medalha. Não sei que medalha pretende exibir mas sei que não é uma medalha muito bonita porque avançou com processos disciplinares por ‘dá cá aquela palha’, processos de inquérito por tudo e mais alguma coisa, atitudes completamente autoritárias, retirar de autonomia aos inspetores, perseguição que foi sendo feita ao longo de cinco anos e medidas de gestão da casa que nos afetaram pessoalmente e profissionalmente”, contou Carla Cardoso.

Sobre a futura direção que ainda terá de ser escolhida, o sindicato mantém a “esperança na mudança”.

“Acredito que o ministro tendo conhecimento de tudo o que aconteceu nesta casa e irá ter muito cuidado na nova equipa que escolher", sustentou a presidente do sindicato, acreditando que “sejam pessoas capazes de reerguer a casa, dar alguma perspetiva aos funcionários, que os faça voltar a ter orgulho em serem inspetores do trabalho para que eles possam cumprir o melhor possível a sua missão”.

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