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António Rendas reeleito reitor da Universidade Nova

O reitor António Rendas foi hoje eleito para liderar a Universidade Nova de Lisboa por mais quatro anos, com a afirmação nacional e internacional da instituição na agenda, mas preocupado com a possibilidade de mais cortes no financiamento público.

António Rendas reeleito reitor da Universidade Nova
Notícias ao Minuto

22:50 - 22/07/13 por Lusa

País Ensino Superior

António Rendas, que é também o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), era o único candidato ao cargo de reitor e foi hoje reeleito pelo Conselho Geral da Universidade Nova de Lisboa (UNL), precedida por uma audição pública na qual o candidato apresentou o seu programa para o próximo quadriénio.

A nível nacional, António Rendas definiu como objetivo a afirmação da instituição como “a universidade da área metropolitana de Lisboa [AML]”, uma vez que tem escolas em quatro concelhos da região: Lisboa, Almada, Oeiras e Cascais, sendo que será para este último que se vai transferir a Faculdade de Economia da Nova, atualmente ainda a funcionar no polo de Campolide, em Lisboa.

“Nós queremos de uma forma muito concreta formalizar esse projeto de sermos a universidade da AML. A universidade ganha em estar mais próxima da sociedade, ganha em contacto direto com os empregadores e os problemas da sociedade e da economia. Estamos interessados em fazer alianças académicas ao nível da AML, em aproximar o ensino e a investigação dos problemas da sociedade”, disse à Lusa o reitor hoje reeleito, em conversa telefónica.

A nível internacional o principal objetivo da Nova passa pela captação de mais alunos estrangeiros, logo ao nível da formação superior inicial, e não apenas para doutoramentos, e, para isso, referiu, seria necessária a publicação do Estatuto do Estudante Internacional, a legislação que permitiria recrutar além-fronteiras.

“A universidade portuguesa precisa dessa diversidade. Sem prejudicar os estudantes portugueses, é importante que cada universidade possa, de acordo com regras perfeitamente claras e abertas, fazer entrevistas e selecionar estudantes estrangeiros. Queremos o que acontece em toda a Europa, onde existem contingentes de estudantes internacionais”, defendeu Rendas.

Além dos muitos estudantes Erasmus (programa europeu de intercâmbio universitário) que já recebe, o reitor propõe-se a duplicar o número de estudantes estrangeiros inscritos nos mestrados e doutoramentos da UNL, que neste momento representam entre 10% e 15% do número de alunos nesse nível de ensino.

António Rendas assume ainda como objetivo a valorização da língua portuguesa como critério para a internacionalização, definindo os países lusófonos, mas também a América Latina, como mercados preferenciais para o recrutamento.

O reitor hoje reeleito voltou a reiterar a sua preocupação com eventuais cortes no financiamento público do ensino superior, referindo que a UNL já paga aos seus funcionários com recurso a 20% das receitas próprias, o que, sublinhou Rendas, não deixa margem para “mais restrições financeiras”.

“Não queremos que nos deem nada, queremos é ter a possibilidade de gerir as nossas receitas e que neste momento haja a manutenção do financiamento do ensino superior sem mais cortes”, disse o reitor da UNL.

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