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Vitória dos independentistas "pode ser um impasse terrível em Espanha"

Paulo Portas deu a sua opinião sobre as eleições regionais da Catalunha, esta noite de quinta-feira, na antena da TVI.

Vitória dos independentistas "pode ser um impasse terrível em Espanha"
Notícias ao Minuto

23:34 - 21/12/17 por Anabela de Sousa Dantas

País Paulo Portas

Paulo Portas acredita que os primeiros resultados que foram saindo sobre as eleições catalãs confirmam que a região deverá continuar dividida. Os catalães, recorde-se, votaram hoje para o parlamento regional e as sondagens, até à data de publicação desta notícia, davam uma vitória para o Ciutadans, de Inés Arrimadas, defensor da unificação de Espanha, mas uma maioria absoluta para o bloco independentista.

O que resta agora saber, conforme referiu Paulo Portas à TVI, é saber “quem chega aos 68 deputados, ou seja, à maioria absoluta no Parlamento”, se os independentistas ou se os constitucionalistas. “E, depois, saber dentro de cada um dos blocos quem é que prevalece, porque tudo tem os seus detalhes”, acrescentou.

“Estas eleições são uma espécie de referendo sobre o referendo, desta vez em condições de legalidade básica mas na anormalidade, porque há líderes que não estão na Catalunha e outros que estão na cadeia na Catalunha”, indicou.

Paulo Portas sublinhou que uma vitória do bloco constitucionalista - Ciutadans, Partido Socialista da Catalunha (PSC) e Partido Popular (PP) da Catalunha – seria “um triunfo” para os que defenderam a aplicação do artigo 155. “Daria uma certa estabilidade e obrigaria a compromissos certamente”, sustentou.

Por outro lado, uma maioria independentista com os partidos em questão - Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Junts per Catalunya, CUP - Candidatura de Unidade Popular e Catalunya en Comú-Podem – colocaria “em risco toda esta ação do governo espanhol”.

“Em que posição fica a rei? Foi de longe o homem de Estado que fez o discurso mais duro sobre a secessão. Em que posição fica o presidente do governo de Espanha, que usou a arma nuclear [artigo 155]?”, questionou Paulo Portas.

“Isto pode ser um impasse terrível em Espanha, com toda a franqueza”, vaticinou o ex-líder do CDS-PP, explicando que, se existir uma maioria independentista, “os dois principais líderes independentistas não podem fazer governo”. “Um porque está em Bruxelas, não pode entrar em Espanha porque senão é preso, e o outro está preso na Catalunha”, termina.

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