"Portugal tem apoiado de forma constante a Ucrânia, na UE e não só"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje perante o seu homólogo ucraniano, Petro Poroshenko, que "Portugal tem apoiado de forma constante a Ucrânia", na União Europeia (UE) e não só.
© Lusa
País Marcelo
Numa declaração na Sala das Bicas do Palácio de Belém, em Lisboa, após ter recebido o Presidente da Ucrânia, o chefe de Estado português prestou "uma homenagem muito especial e sentida, de gratidão" aos ucranianos residentes em Portugal, elogiando a sua integração e referindo que "são já a terceira comunidade" estrangeira.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que essa comunidade tem sido "um fator muito importante" para o dinamismo do relacionamento bilateral que, no seu entender, tem evoluído "de forma estável e positiva" em vários domínios, "como os acordos que serão celebrados esta tarde o vão demonstrar".
Com Petro Poroshenko ao seu lado, o Presidente da República discursou cerca de cinco minutos, em português, e começou por salientar que "Portugal foi um dos primeiros países a reconhecer a Ucrânia, em 1992" e que os dois países celebraram no início deste ano 25 anos de relações diplomáticas.
"Quero também sublinhar que Portugal tem apoiado de forma constante a Ucrânia, não só no seio da UE, da NATO, da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa) e de outras organizações internacionais, mas também bilateralmente", afirmou.
O chefe de Estado português disse ter discutido no encontro de hoje com Poroshenko "o aprofundamento das relações bilaterais, nomeadamente económicas, e também das relações entre a Ucrânia e a UE", os desafios que se colocam nesse plano e "as reformas que se impõem".
O Presidente da Ucrânia realiza hoje uma visita oficial a Portugal, com reuniões institucionais ao mais alto nível, e pelas 10:30 foi recebido com honras militares no Palácio de Belém, onde ficou até perto das 12:00.
Marcelo Rebelo de Sousa descreveu a Ucrânia como "um país do Leste europeu com importância estratégica numa região de enorme potencial" e Portugal como "um país na extremidade ocidental da Europa, que se orgulha de conhecer o valor da diversidade, da tolerância e da abertura ao mundo".
Portugal "defende um projeto europeu assente nos valores da democracia, da justiça, da equidade, garantindo a paz e o desenvolvimento económico e social", prosseguiu.
Na homenagem que prestou aos ucranianos residentes em Portugal, o Presidente da República agradeceu o contributo que dão para "o progresso económico e cultural" de Portugal, "sem esquecerem as suas raízes, a sua cultura e os seus costumes" e enalteceu a sua "notável capacidade de integração, incluindo linguística".
"Formam um elo fraterno entre os nossos dois países", acrescentou.
Em termos bilaterais, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a Ucrânia partilha os êxitos de Portugal - "assim foi quanto aos êxitos em matéria económica e financeira, e no sucesso reconhecido a Portugal na UE, nos mercados financeiros e no mundo" - e as tristezas, como os incêndios deste ano.
"Tive oportunidade de agradecer ao senhor Presidente as sentidas mensagens de solidariedade que tão prontamente nos enviou", mencionou.
O chefe de Estado português mostrou-se convicto de que as "relações de amizade" entre Portugal e Ucrânia "continuarão a crescer, assentes no interesse comum de uma cooperação reforçada no plano bilateral, como no espaço europeu".
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