Detidas este ano 33 pessoas por corrupção, peculato e branqueamento
A Polícia Judiciária (PJ) deteve este ano 33 pessoas pelos crimes de corrupção, peculato e branqueamento de capitais, revelou hoje o diretor nacional desta polícia de investigação criminal.
© Global Imagens
País PJ
Almeida Rodrigues falava na abertura da conferência "O Combate à Fraude e à Corrupção" que decorre na sede da PJ, em Lisboa.
Além dos 33 detidos, a PJ constituiu 336 arguidos por suspeita da prática de corrupção, peculato e branqueamento de capitais.
Em 2016, a PJ deteve 119 pessoas por crimes económico-financeiros.
A ministra da justiça esteve presente na abertura da conferência e considerou que "Portugal está no bom caminho" no combate aos crimes económico-financeiros e que "tem feito todos os esforços, tudo o que está ao seu alcance", destacando que, em termos legislativos, recentemente obteve a classificação máxima a nível internacional, estando ao mesmo nível que Itália e Espanha.
Consciente das dificuldades que enfrenta a investigação criminal e financeira na obtenção de prova ou na identificação dos ativos de proveniência ilícita, a ministra assumiu que é necessário melhorar a capacidade de ação do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e de não descurar os meios de ação da Unidade Informação Financeira (UIF) da PJ.
Van Dunem considerou que os crimes económicos e financeiros são "uma das mais sérias ameaças ao Estado de direito", e lembrou que, segundo as Nações Unidas, o branqueamento resultante em larga escala do tráfico de droga, contrabando e atividades ligadas à criminalidade organizada, nomeadamente tráfico de seres humanos e corrupção, "representava mais de 700 mil milhões de euros a nível mundial", isto é, "um valor superior ao Produto Interno Bruto de muitos países".
Segundo os últimos dados divulgados pela Procuradoria-Geral da República, o Ministério Público iniciou 2.204 inquéritos relativos a crimes de corrupção e criminalidade conexa no último ano judicial, o que representa um acréscimo de 21% relativamente ao ano anterior, tendo sido deduzidas 160 acusações.
Segundo o Relatório Síntese 2014-2016 sobre Corrupção e Criminalidade Conexa, entre 01 de setembro de 2016 e 31 de agosto de 2017 foram registados 2.204 inquéritos, enquanto no ano anterior, de 2015/2016, foram registados 1.741 inquéritos.
Dos 2.204 inquéritos, 861 foram iniciados por corrupção, 548 por abuso de poder, 424 por peculato e 202 por branqueamento de capitais.
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