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Quase metade dos sírios em Portugal estão empregados ou em formação

Quase metade dos cerca de meio milhar de sírios recolocados em Portugal têm já emprego ou estão em formação profissional, revelou hoje em Lisboa o Alto Comissário para as Migrações, Pedro Calado.

Quase metade dos sírios em Portugal estão empregados ou em formação
Notícias ao Minuto

20:05 - 06/12/17 por Lusa

País Refugiados

"A percentagem de sírios recolocados em Portugal que estão já a trabalhar ou a ter formação profissional é de 45%", notou Pedro Calado, no lançamento do Relatório das Migrações (Migration Outlook) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa.

O Alto Comissário para as Migrações assinalou que a recolocação de sírios em Portugal, no âmbito da Rede Europeia das Migrações, reporta-se aos últimos dois anos e acentuou que o indicador de empregabilidade é uma exceção à regra nos países analisados pela OCDE.

"A OCDE apresenta um período de 10 anos para que a percentagem de recolocados num qualquer país consiga atingir os 50%. No caso de Portugal, o valor é de quase metade, decorridos tão poucos anos", observou.

Na sua intervenção, que sucedeu à do responsável da Divisão de Migrações da OCDE, Jean-Christophe Dumont, e do diretor-geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, Júlio Vilela, o Alto Comissário das Migrações destacou a importância de "políticas de apoio à integração" de imigrantes.

Em 2016, Portugal concedeu 428 pedidos de proteção internacional a sírios, de acordo com o Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo 2016.

No ano passado, Portugal esteve entre os países que mais refugiados recolocou - 3.056 (611 africanos) - e o compromisso de promover o acolhimento e a integração está fixado em 4.574 no espaço de dois anos.

O relatório de 2016 da OCDE revela um total de cinco milhões de registos migratórios na área geográfica da organização, o que corresponde um aumento face a 2015 (4,7) e a 2014 (4,4).

O número de migrações nos países da OCDE indica uma tendência de crescimento desde o final da crise económica e financeira, ao mesmo tempo que aumentou as migrações humanitárias, com os fluxos massivos oriundos do Mediterrâneo, com muitos dos refugiados a atravessarem os Balcãs até ao centro e norte da Europa.

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