Anipla "satisfeita" com renovação de licença de glifosato, mas quer mais
Comissão Europeia prolongou por mais cinco anos a utilização do herbicida classificado pela OMS como "provável carcinogéneo para o ser humano". Anipla critica posição neutra de Portugal e sublinha que o prolongamento da licença deveria ter sido de 15 anos.
© Reuters
País Herbicida
A Anipla (Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas) congratulou-se com a decisão da Comissão Europeia em prolongar por mais cinco anos a licença de utilização do glifosato, um herbicida classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “provavelmente cancerígeno”.
“A Anipla está satisfeita com um sinal de confiança e seriedade da União Europeia, pela votação positiva na renovação da licença do glifosato”, afirmou António Lopes Dias, diretor executivo da Anipla.
Num documento a que o Notícias ao Minuto teve acesso, a associação realça que esta decisão permite que “milhares de agricultores e produtores europeus [possam] ver o futuro com mais confiança”, no entanto, critica o “atraso na decisão”, bem como a “demonstração da insegurança de alguns dos Estados Membros”.
“Os consumidores europeus ficam a perder quando a União Europeia cede a pressão meramente política para a demora na tomada de decisões que são da ciência – uma vez que cientificamente já foi provada a não perigosidade do Glifosato”, criticou António Lopes Dias.
Para além disso, a Anipla considera que a licença de utilização do glifosato deveria ter sido prolongada não por cinco, mas sim por 15 anos.
A associação deixa ainda uma crítica à posição neutra de Portugal – que se absteve na votação desta segunda-feira -, uma decisão “preocupante e injusta para com todo o sector agrícola português, porque demonstra como o nosso Governo não assume a posição que melhor defende os interesses dos seus consumidores e da sua economia.
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