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“Que ninguém se iluda”. Mesmo com chuva à vista, é preciso poupar água

O ministro do Ambiente voltou a alertar para a importância de poupar água, mesmo com a chuva que se prevê nos próximos dias. “Que ninguém se iluda”, alerta.

“Que ninguém se iluda”. Mesmo com chuva à vista, é preciso poupar água
Notícias ao Minuto

23:41 - 22/11/17 por Pedro Filipe Pina

País Matos Fernandes

O calendário já vai em novembro, com dezembro à vista, mas os dias de chuva continuam a escassear. A seca que se faz sentir em Portugal causa preocupação e o tema esteve em destaque na ‘Grande Entrevista’ desta semana na RTP 3, com o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes.

Segundo o ministro, Portugal, em particular no Sul, está muito mais preparado do que estava na última seca, em 2005, para mitigar a situação. Ainda assim, esta “é de facto uma situação muito preocupante” e que “obriga necessariamente a consumir água com muito cuidado e parcimónia”. Foi um ano “com muito menos água do que é comum”, realçou.

Cedo na entrevista o ministro foi questionado sobre que parte do país está em nível considerado de seca extrema e que parte do país está em em nível de seca severa. Não foi com números, a resposta, mas em tom de alerta: “Somado, todo o país está em seca extrema e severa”.

“O nível médio nas albufeiras é muito inferior ao que é comum nestas alturas” e Viseu é neste momento a região que causa mais preocupação.

João Matos Fernandes adiantou ainda que o ministério está a trabalhar “desde maio” nesta questão. Na primavera, lembrou, já não tinha havido chuvas.

“Temia-se que o verão fosse seco como foi e quente como foi” e, por isso, desde essa altura “que se tem produzido muito pouca energia elétrica a partir de fonte hídrica”, já temendo o agravar da situação. Ao longo do verão, em particular em agosto, havia já água a ser transportada para reservatórios.

“Em algumas das albufeiras, particularmente na baía do Sado, chegamos a ter 20% da sua capacidade. A média total [do país] andará pelos 40% quando devíamos andar nos 50% ou até 60%”. Para suprir esta carência não serão necessárias chuvas intensas, que poderiam fazer estragos. Mas será necessário tempo: “faltam dois, três meses de chuva”, destacou o governante.

“Precisamos de um inverno chuvoso e as expectativas que temos para as próximas duas, três semanas dizem-nos que vai chover nos próximos dois, três dias”, mas, nas "duas, três semanas seguintes, Portugal não vai ter outro período de chuva”.

“Vem chuva, a humidade é maior”. Porém, “que ninguém se iluda”: “a mensagem de poupar água é muito importante agora, mas acima de tudo é importante a mudança de hábitos”.

“Esta é a seca mais grave em Portugal deste século XXI”, realçou o ministro.

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