Só na "véspera de greve" é que Governo tentou dar resposta. E "apressada"
O dia de hoje fica marcado por greve de docentes. E o líder da Federação Nacional de Professores (Fenprof) queixa-se de Governo só ter tentado negociar na véspera.
© Global Imagens
País Mário Nogueira
Esta quarta-feira fica marcada por uma greve de docentes. Em causa está uma proposta que consta do Orçamento do Estado que deixa de fora das contas para a progressão nas carreiras os anos em que se verificou congelamento dessas mesnas carreiras (2005-2007 e 2011-2017).
"O que estávamos a reivindicar não era nada de novo, não era que aumentassem salários, era que contassem o tempo de serviço que as pessoas prestaram. E o Governo durante duas horas tentou explicar-nos porque é que no plano legal isso não era possível", protestou esta manhã Mário Nogueira à antena da SIC Notícias.
O líder da Fenprof, que se encontrava à porta da Escola Secundária Manuel da Maia, em Lisboa, no lançamento deste dia de protesto, deixou críticas não apenas à medida mas também ao facto de as negociações não terem começado antes.
"Nós pedimos a reunião ao Governo em 12 de outubro, e foi preciso chegarmos à véspera da greve à tarde para tentarem de uma forma apressada dar alguma resposta àquilo que estava em cima da mesa. Só que não a deram", criticou.
As negociações prosseguirão já manhã, quinta-feira. No que a esta matéria diz respeito, aliás, "a única abertura que o Governo teve foi de continuar a negociação na quinta-feira", criticou ainda.
Esclarece ainda o líder da Fenprof, sobre a reunião que decorreu com o Executivo, que o que disseram "foi que, sobre a ditadura jurídica, tinha de prevalecer o direito das pessoas. E neste caso é o direito de lhes contarem o tempo que as pessoas trabalharam".
Tal divergência, explicou ainda, não precisa de ser resolvida no imediato. "Não estamos a exigir que se conte o tempo de serviço agora, ou para o ano. Estamos disponíveis para negociar um faseamento, com o tempo suficiente", afirmou.
Recorde-se que, além da greve, está prevista concentração de docentes em frente ao Parlamento, o que se poderá traduzir em escolas fechadas, alunos sem aulas e professores nas ruas. O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, encontra-se internado com um diagnóstico de síndrome vestibular aguda. Assim continuará por tempo ainda indeterminado.
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