Seguranças presos. PSG deixa estabelecimentos de diversão noturna
Medidas de coação aplicadas aos seguranças envolvidos na polémica agressão levam PSG a abandonar a segurança privada em bares e discotecas.
© GlobalImagens
País Urban Beach
Dois dos três seguranças envolvidos na agressão violenta registada na passada quarta-feira, à porta do Urban Beach, em Lisboa, foram indiciados pelo crime de tentativa de homicídio e ficaram em prisão preventiva.
As medidas de coação foram conhecidas este sábado, depois de os suspeitos terem sido ouvidos em tribunal. O juiz decretou a medida de coação mais gravosa para dois dos arguidos, admitindo a hipótese de passarem para prisão domiciliária, caso as habitações onde residem tenham condições para tal.
Um terceiro arguido, também segurança na empresa PSG, foi indiciado pela prática de ofensas à integridade física e saiu em liberdade, sujeito a termo de identidade e residência. Está proibido de contactar com os dois colegas.
À saída do tribunal, o advogado de um dos arguidos que ficou em prisão preventiva disse aos jornalistas que esta medida é excessiva e foi aplicada “para dar uma satisfação aos media e ao poder instituído”.
“Todos nós temos um dia mau na nossa vida. Foi um dia mau para o meu cliente. Não estou justificando nada. Agora… as coisas começam por algum motivo”, afirmou Joaquim Oliveira.
No seguimento do polémico caso – espoletado pela gravação das imagens do incidente – o grupo K, que detém o Urban Beach, anunciou que rescindiu o contrato com a empresa de segurança privada PSG.
Em comunicado, a administração do grupo explicou que “a empresa deixou de reunir as necessárias condições de zelo, ética e responsabilidade que o Grupo K exige a todas as empresas e fornecedores com quem trabalha”. E, à imagem do que já havia acontecido, os donos da conhecida discoteca voltaram a afirmar que são “completamente alheios” ao episódio, realçando que este decorreu “em espaço público, após o término do período de funcionamento”.
Ainda na sequência das brutais agressões – registadas num ano em que foram feitas 38 queixas contra os seguranças que trabalham no Urban – a PSG anunciou que "irá cessar todos os contratos referentes a estabelecimentos de diversão noturna".
Na nota enviada à imprensa, admitiu ainda que “suspendeu preventivamente os trabalhadores envolvidos no incidente” e salientou que a segurança privada em bares e discotecas constitui apenas 3% da atividade da empresa.
Recorde-se que o Ministério da Administração Interna determinou o encerramento do Urban Beach por um período de seis meses. Durante esse período, o estabelecimento deve garantir condições de segurança para os clientes. A decisão foi tomada após uma audição do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
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