Novembro trouxe de volta a chuva, mas ainda não a suficiente para fazer face aos milhares de hectares ardidos e para esquecer os devastadores incêndios que fizeram mais de 100 vítimas mortais.
A reforma da floresta tem dominado a atualidade, mas também os erros do passado, nomeadamente com a plantação de eucaliptos. A este propósito, a QUERCUS e a ACRÉSCIMO analisaram os dados da mais recente nota informativa, difundida pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), relativa à evolução das novas áreas de plantações de eucalipto em Portugal.
Em análise, referem em comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, esteve o período decorrido entre 17 de outubro de 2013, ou seja “desde a entrada em vigor da ‘Lei que liberaliza a plantação de eucaliptos’”. Acontece que, desde essa altura, a “área ocupada por esta espécie exótica registou um aumento próximo da superfície da cidade de Lisboa”.
E se nos quisermos localizar no tempo por governos, constata-se que “no governo anterior foram autorizados 43% das novas plantações de eucalipto, sendo que o atual Governo é responsável, só até ao final do primeiro semestre do presente ano, por 57% da expansão legal desta espécie exótica em Portugal”.
“Há que relembrar que o Governo em funções se comprometeu a travar a expansão desta espécie em Portugal, (…), todavia, regista um acréscimo significativo face aos licenciamentos atribuídos pelo Governo anterior”, destaca a Quercus.
