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Novas missões implicarão novos meios, diz ministério da Defesa

O reforço do papel das Forças Armadas no combate aos incêndios implicará "obviamente novos meios", disse à Lusa fonte do Ministério da Defesa Nacional, que está a definir a forma de aplicar as medidas aprovadas no sábado.

Novas missões implicarão novos meios, diz ministério da Defesa
Notícias ao Minuto

19:15 - 23/10/17 por Lusa

País Incêndios

O governo aprovou no sábado passado, em Conselho de Ministros extraordinário, várias medidas para reforçar a prevenção e combate a incêndios, determinando um "papel alargado" das Forças Armadas e atribuindo à Força Aérea a missão de gestão e operação dos meios aéreos de combate aos incêndios florestais.

Questionado pela Lusa sobre a forma como serão operacionalizadas estas decisões, fonte oficial do Ministério da Defesa disse que "há novas missões, obviamente há novos meios", que estão a ser definidos.

O Ministério da Defesa está "a estudar a forma de concretizar as medidas aprovadas no Conselho de Ministros extraordinário", que abrangem a Força Aérea, o Exército e a Marinha, escusando-se a avançar para já qual é o calendário previsto e formas de financiamento.

Contactado pela Lusa, o porta-voz da Força Aérea, tenente-coronel Manuel Costa, disse que o ramo aguarda a curto prazo mais desenvolvimentos das medidas aprovadas sábado.

O reforço do papel da FAP no combate aos incêndios florestais não implica apenas mais meios aéreos mas também outro planeamento, mais efetivos e formação específica, sublinhou.

Fontes militares adiantaram à Lusa que o ramo fez chegar ao Ministério da Defesa, antes do conselho de ministros extraordinário, um documento no qual se aponta as condições consideradas essenciais para a Força Aérea assumir eventuais novas missões no combate a incêndios.

Nos planos atuais da FAP já estavam a compra de cinco helicópteros ligeiros para substituir, no próximo ano, os Alouette ao serviço há 50 anos, no montante de 20,5 milhões de euros, que deverão estar equipados para poderem integrar o dispositivo especial de combate a incêndios.

Em julho, o governo iniciou as negociações com a Embraer para comprar cinco aeronaves militares KC-390, prevendo também a possibilidade de serem equipadas com um ou dois `kit´ de combate a incêndios.

Com os meios de que dispõe atualmente, a FAP não tem capacidade para a realização de missões de combate direto a incêndios, mas apenas para apoio à missões de vigilância e reconhecimento.

No passado, a partir de 1982, a Força Aérea operou um sistema modular aplicável à frota C-130H Hércules, denominado MAFFS (Modular Airborne Fire-Fighting System), equipamento que permitia adaptar aquelas aeronaves à realização de missões de combate direto, através da largada de água, e indireto, com largada de calda retardante.

Contudo, esse sistema foi abandonado há cerca de 20 anos, na sequência da reorganização de meios de combate a incêndios sob a tutela da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

No âmbito da prevenção e apoio, a FAP disponibiliza hoje os seus helicópteros Alouette II para missões "de coordenação aérea e reconhecimento" e as aeronaves C-295 ou P3 para "missões de vigilância, reconhecimento e coordenação de meios aéreos e ou terrestres", bem como "equipas de militares empenhados em missões de vigilância".

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