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Novo relatório sobre Pedrógão: “Sistema de emergência não está preparado"

Relatório ‘O complexo de incêndios de Pedrógão Grande que concelhos limítrofes, iniciado a 17 junho de 2017' foi publicado esta segunda-feira no Portal do Governo. Documento aponta falhas no socorro.

Novo relatório sobre Pedrógão: “Sistema de emergência não está preparado"
Notícias ao Minuto

19:32 - 16/10/17 por Melissa Lopes

País Incêndios

O relatório ‘O complexo de incêndios de Pedrógão Grande que concelhos limítrofes, iniciado a 17 junho de 2017”, coordenado pelo professor Domingos Xavier Viegas, conclui que "os meios disponíveis e o seu comandamento não se mostraram suficientes para controlar o incêndio, que apresentou uma dificuldade de supressão acima da média".

"A ocorrência simultânea de outros incêndios na região e a falta de perceção da sua importância, nos vários escalões de decisão, levou a que não fossem utilizados mais recursos, nomeadamente mais meios aéreos pesados, no seu combate.", lê-se ainda nos 14 pontos da síntese dos factos apresentados no documento. 

Mas ainda há mais: “A grande dimensão da tragédia colocou em evidência que o nosso sistema de emergência não está preparado para fazer face a um número tão massivo de pessoas afetadas, feridas ou mortas. A prestação de apoio psicológico e socorro médico e hospitalar teve deficiências que importa estudar melhor”.

Outras das conclusões apresentadas no relatório encomendado pelo Ministério da Administração Interna (MAI) são:

Na sua propagação, estes dois incêndios [de Escalos Fundeiros e de Regadas ] foram afetados, por um escoamento descendente de uma trovoada seca que atingiu o território, modificando a velocidade e rumo do vento. Para além disso, a interação dos dois incêndios promoveu uma propagação muito extensa e extremamente rápida do incêndio a partir das 19h30 e até cerca das 20h30”.

"O sistema de comunicações por rádio e por telefone teve uma falha geral em toda a região, por limitações inerentes aos sistemas, por sobrecarga de utilizadores, ou ainda por deficiente utilização de alguns dos sistemas. A falha do sistema de comunicações terá contribuído para a falta de coordenação dos serviços de combate e de socorro, para a dificuldade de pedido de socorro por parte das populações e para o agravamento das consequências do incêndio". 

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