Declarada calamidade pública em todos os distritos a Norte do Tejo
"O dia de amanhã vai ser muito difícil. No interior do país haverá níveis muito elevados de risco de incêndio”, afirmou António Costa.
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País Incêndios
O primeiro-ministro anunciou, numa conferência de imprensa dada a partir da Autoridade da Proteção Civil, que foi declarada calamidade pública em todos os distritos a Norte do rio Tejo.
Depois de apresentar as condolências às famílias das vítimas que perderam a vida no fogo, António Costa deu uma “palavra de alento aos mais de 12 mil operacionais que ao longo do dia tentaram travar as chamas e aos seis mil que continuam a combatê-las”.
“Tivemos 523 incêndios no país. Os meios foram esticados até ao limite. O dia de amanhã vai ser muito difícil. No interior do país haverá níveis muito elevados de risco de incêndio”, afirmou António Costa.
Explicando o que poderá motivar uma situação gravosa como a que se vive hoje, o governante afirmou que “tivemos quase uma década com baixo nível de incêndios, o que gerou uma grande acumulação de material combustível”.
“Estamos pelo segundo ano consecutivo com uma seca severa e tivemos hoje temperaturas altas e ventos muito fortes, o que gerou a propagação dos incêndios”, acrescentou, dizendo que “em 2017 já foram identificadas e detidas mais pessoas por suspeitas de crime de incêndio florestal”.
“Quando temos 523 incêndios, é evidente que não há bombeiros para acorreram a todas as situações”, admitiu o chefe de Governo, convicto de que “o problema estrutural do país têm a ver com a sua floresta”.
Segundo o primeiro-ministro, o balanço oficial dá conta de cinco mortos até ao momento. "Mas há muitos feridos e muitos fogos a decorrer. Há pessoas incontactáveis", salvaguardou António Costa, deixando claro que "não é de um dia para o outro que se vai resolver um problema que se acumulou ao longo de décadas".
"Seguramente, situações destas vão repetir-se. Vamos ter de trabalhar todos muito para, ao longo da próxima década, fazermos o que é preciso fazer na floresta portuguesa", explicou.
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