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Declarada calamidade pública em todos os distritos a Norte do Tejo

"O dia de amanhã vai ser muito difícil. No interior do país haverá níveis muito elevados de risco de incêndio”, afirmou António Costa.

Declarada calamidade pública em todos os distritos a Norte do Tejo
Notícias ao Minuto

02:36 - 16/10/17 por Goreti Pera

País Incêndios

O primeiro-ministro anunciou, numa conferência de imprensa dada a partir da Autoridade da Proteção Civil, que foi declarada calamidade pública em todos os distritos a Norte do rio Tejo.

Depois de apresentar as condolências às famílias das vítimas que perderam a vida no fogo, António Costa deu uma “palavra de alento aos mais de 12 mil operacionais que ao longo do dia tentaram travar as chamas e aos seis mil que continuam a combatê-las”.

“Tivemos 523 incêndios no país. Os meios foram esticados até ao limite. O dia de amanhã vai ser muito difícil. No interior do país haverá níveis muito elevados de risco de incêndio”, afirmou António Costa.

Explicando o que poderá motivar uma situação gravosa como a que se vive hoje, o governante afirmou que “tivemos quase uma década com baixo nível de incêndios, o que gerou uma grande acumulação de material combustível”.

“Estamos pelo segundo ano consecutivo com uma seca severa e tivemos hoje temperaturas altas e ventos muito fortes, o que gerou a propagação dos incêndios”, acrescentou, dizendo que “em 2017 já foram identificadas e detidas mais pessoas por suspeitas de crime de incêndio florestal”.

“Quando temos 523 incêndios, é evidente que não há bombeiros para acorreram a todas as situações”, admitiu o chefe de Governo, convicto de que “o problema estrutural do país têm a ver com a sua floresta”.

Segundo o primeiro-ministro, o balanço oficial dá conta de cinco mortos até ao momento. "Mas há muitos feridos e muitos fogos a decorrer. Há pessoas incontactáveis", salvaguardou António Costa, deixando claro que "não é de um dia para o outro que se vai resolver um problema que se acumulou ao longo de décadas".

"Seguramente, situações destas vão repetir-se. Vamos ter de trabalhar todos muito para, ao longo da próxima década, fazermos o que é preciso fazer na floresta portuguesa", explicou.

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