Porque a “escola é fundamental para uma vida profissional de sucesso”, a APDC juntou-se ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e ao Ministério da Educação e lançaram a campanha ‘Não desistas de ti’.

“O objetivo”, lê-se no comunicado enviado pela APDC ao Notícias ao Minuto, “é levar os mais jovens a pensar no futuro, atraindo a sua atenção para as consequências de deixarem de estudar e motivando-os a apostar na sua formação”.

Mais pertinente se torna esta iniciativa quando, de acordo com os últimos dados do INE e do Eurostat, Portugal registou em 2016 a 4.ª taxa de abandono escolar mais elevada da União Europeia, com 14% dos jovens entre os 18 e 24 anos a deixarem prematuramente a educação e formação. A média europeia, refira-se, situa-se nos 10,7%.

E é precisamente para alertar (e inverter) estes números que vai a campanha ‘Não desistas de ti’, lançada na abertura do 27.º Digital Business Congress. Chamar os jovens à razão e “levá-los a interrogarem-se sobre as consequências de deixar de estudar”, é a intenção.

Desta ideia surgiu então o vídeo (que pode ver acima). Criado pela “agência NOSSATM e produzido pela O Bom da Fita”, nele é pedido a um grupo de jovens para “ajudarem no departamento de recursos humanos de uma grande empresa. São desafiados a ajudar a filtrar CV’s, sendo que o último é o seu”.

“Portugal tem uma das maiores taxas de abandono escolar da Europa. Cerca de dois terços dos alunos não vão para o Ensino Superior e muitos estudantes saem da escola e aceitam trabalhos sem futuro e sem margem de progressão. Precisamos de lhes mostrar a importância que os estudos têm para o seu futuro e para o futuro do país. E que está tudo nas suas mãos”, refere Fernanda Rollo, secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

A este facto acresce outro: “Temos hoje cada vez mais robots muito mais capazes de executar determinadas tarefas. Haverá uma destruição massiva de postos de trabalho – é bom que tenhamos consciência disso – ao mesmo tempo que serão criados novos postos de trabalho em áreas completamente diferentes. Mas estes serão para atribuir a pessoas mais qualificadas e mais especializadas”, alerta Rogério Carapuça, Presidente da APDC.

Pelo que, “a única forma de responder a esse desafio é qualificar para o digital com grande sentido de urgência. Ninguém está dispensado de estudar mais e sempre. Por isso, a APDC e os seus associados juntaram-se aos poderes públicos na difusão da mensagem especialmente dedicada aos mais novos, mas no fundo a todos. A revolução digital está em marcha. Não desistas de ti!”, acrescenta Rogério Carapuça.