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SOS Racismo queria manifestar-se em Lisboa. Grupo de neonazis não deixou

A manifestação da associação SOS Racismo foi marcada pela presença de um grupo de extrema-direita.

SOS Racismo queria manifestar-se em Lisboa. Grupo de neonazis não deixou
Notícias ao Minuto

08:40 - 06/10/17 por Notícias Ao Minuto

País Manifestação

Descolonizando Padre António Vieira’ foi o tema da manifestação que a associação SOS Racismo levou ontem a cabo junto da estátua do filósofo jesuíta no Largo Trindade Coelho, em Lisboa.

Em causa estava o facto de a associação SOS Racismo “não aceitar a estátua” já que, “com a colaboração da igreja, mais de seis milhões de africanos foram escravizados pelos portugueses no tráfico transatlântico”. Para a associação SOS Racismo, Padre António Vieira era “um escravagista seletivo”.

“A colonização portuguesa no final do século XVI já tinha dizimado 90% da população indígena. A evangelização jesuíta foi a maior responsável pelo etnocídio ameríndio”, lê-se no cartaz que agendava a manifestação.

No entanto, os organizadores do protesto, que estava agendado para as 15h00, não conseguiram concretizar a ação a que se tinham proposto, nomeadamente levar flores, cartazes e velas “em homenagem a africanos e ameríndios”, pode ler-se numa publicação na página de Facebook de Mamadou Ba, dirigente da associação.

Isto porque, perante esta iniciativa, um grupo de extrema-direita, os 'hammerskins', marcou presença com uma contra-manifestação. A presença deste grupo pode ser confirmada através de fotografias publicadas na rede social nos comentários aos posts de Mamadou Ba.

Perante a presença do grupo de extrema-direita, Mamadou Ba reagiu nas redes socais, manifestando que "na tal democracia, estamos neste momento cercados por nazis". “Há muito tempo que não me sentia tão enjoado com tantas ratazanas nazis a sair dos esgotos”, acrescenta.

Já ao final do dia, o dirigente da associação escreveu que os ativistas contra o racismo fora “cercados, fotografados, filmados, coagidos e ameaçados". "Alguns de nós, diretamente e de forma explicitamente violenta por Hammerskins e um bandos de energúmenos nazi-fascistas perante a passividade total da PSP, foi um enorme momento de relaxe e de recarregamento das baterias para a luta contra a peste”.

Ao Notícias ao Minuto a PSP garantiu que se tratou de “uma manifestação pacífica, não se tendo registado qualquer tipo de incidente”. De acordo com a mesma fonte, “assim que os manifestantes perceberam que a presença da força de segurança não permitiria que houvesse qualquer tipo de confronto, começaram a dispersar-se”.

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