Inspetora da PJ acusada de matar avó do marido é absolvida
A inspetora da Polícia Judiciária Ana Saltão foi absolvida da acusação de homicídio qualificado. Sentença foi lida esta sexta-feira no Tribunal de Coimbra.
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País Tribunais
Ana Saltão, inspetora da PJ acusada de ter matado, em 2012, a avó do marido, foi absolvida do crime pela segunda vez, esta sexta-feira, pelo Tribunal de Coimbra. Ana Saltão estava acusada de um crime de homicídio qualificado e de um crime de peculato (pelo furto da arma de um colega da PJ do Porto).
O presidente do coletivo de juízes, Miguel Veiga, considerou hoje que o móbil apontado pela acusação - motivações económicas - não é sustentado, nem as circunstâncias do crime apontadas pelo Ministério Público são credíveis, optando pela absolvição de Ana Saltão através do princípio 'in dubio pro reo' (na dúvida, a favor do réu).
O presidente do coletivo sublinhou que a decisão foi unânime, quer por parte do coletivo, quer por parte do tribunal de júri criado para este julgamento.
A inspetora, recorde-se, foi absolvida na primeira instância em 2014 por um tribunal de júri, mas o Ministério Público recorreu da decisão, sendo depois condenada a 17 anos de prisão pela Relação de Coimbra. Esta decisão foi, no entanto, recusada pelo Supremo e o julgamento começou a ser repetido em maio deste ano, também por um tribunal de júri.
Em julho, o Ministério Público pediu 25 anos de prisão para a arguida, a pena máxima, considerando que houve "motivação económica" para cometer o crime. A defesa da inspetora sempre apontou contradições na investigação, questionando a sua credibilidade.
Recorde-se que Ana Saltão, que se diz inocente, é acusada de ter efetuado os mais de dez disparos que mataram Filomena Alves, de 80 anos de idade, a 21 de novembro de 2012, numa residência em Coimbra.
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