Manuel Martins era "um defensor dos "mais pobres"
A Cáritas Portuguesa recordou hoje o bispo emérito de Setúbal, Manuel Martins, como um defensor dos "mais pobres", que deixa à sociedade e à Igreja católica uma "herança de acolhimento ao outro que sofre".
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País Cáritas
Manuel Martins foi "um homem que esteve sempre ao lado dos mais pobres, amplificando a sua voz, em todas as circunstâncias que comprometiam o cumprimento dos Direitos Humanos", afirma a organização da Igreja Católica num comunicado publicado na sua página da internet.
"A sua vida foi um dom para todos e estamos certos que, pela comunhão dos santos, continuará a acompanhar a missão da Igreja e a interceder pelos que se encontram em situação de maior fragilidade", acrescenta.
No mesmo comunicado, a Cáritas Diocesana de Setúbal, lembra Manuel Martins, primeiro bispo daquela diocese, como "o defensor" dos pobres e dos "deserdados da vida".
O seu desaparecimento representa "uma dor imensa para todos e particularmente para os que partilharam momentos da vida com ele", sublinha a Cáritas Diocesana de Setúbal.
Manuel Martins, bispo de Setúbal entre 1975 e 1998, morreu no domingo, aos 90 anos, tendo sido conhecido por "bispo vermelho", durante a crise dos anos 80, pelas denúncias que fez de situações de pobreza e de fome na região.
Nascido a 20 de janeiro de 1927, em Leça do Balio, Matosinhos, Manuel da Silva Martins estudou no seminário do Porto e, mais tarde, na Universidade Gregoriana, em Roma.
As exéquias do bispo emérito de Setúbal realizam-se na terça-feira, pelas 15:00, no Mosteiro de Leça do Balio, onde a partir de hoje tem lugar o velório, informou a diocese de Setúbal.
A missa de sétimo dia realiza-se no próximo domingo, na Sé de Setúbal, antiga igreja de Santa Maria da Graça.
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