Meteorologia

  • 16 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 26º

A dor crónica em 12 imagens. Um código visual para medir quanto dói

Dor persistente e incapacitante? Dor que se assemelha a uma queimadura ou a um espasmo? Está familiarizado com estes sintomas? A Grunenthal lança hoje um novo site e promove o novo Código Visual da Dor que, com recurso a imagens, pretende "ajudá-lo a objetivar a dor".

A dor crónica em 12 imagens. Um código visual para medir quanto dói
Notícias ao Minuto

07:30 - 23/09/17 por Notícias Ao Minuto

País APED

A Grunenthal, em parceria com Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), lança hoje um novo site, aproveitando a oportunidade para promover também o novo Código Visual da Dor – uma ferramenta destinada a doentes e a profissionais de saúde.

Esta iniciativa surge da necessidade de melhorar a comunicação entre médico e paciente, já que a dor, pelo seu caráter subjetivo, “é difícil de caracterizar”, começa por explicar Filipe Antunes, vice-presidente da APED, médico fisiatra e responsável pela Consulta da Dor do Hospital de Braga, em entrevista ao Notícias ao Minuto.

Embora seja possível “tentar quantificar a dor em escalas, cada um tem a sua e esse facto pode constituir uma barreira para o médico na compreensão da doença e no diagnóstico final”.

Com efeito, o novo Código Visual da Dor surge nesta especialidade da medicina como “uma mais-valia para todos os doentes e também para médicos que tentam todos os dias compreender e avaliar corretamente a dor”, refere.

‘Uma imagem vale mais do que mil palavras’ – esta expressão, mais do que transmitir a sabedoria popular, espelha “aquilo que o Código Visual da Dor representa” já que este recorre a 12 imagens para ilustrar a sintomatologia dolorosa, nomeadamente: um ferro em brasa;  um formigueiro; um frio gelado; um beliscão no nervo; rastejar sobre a pele; uma facada; um choque elétrico; alfinetes; um espasmo agudo; uma dor perfurante; arame farpado; ou uma queimadura.

Dor: Um dos maiores desafios da medicina

Nos últimos anos, têm sido divulgados estudos epidemiológicos que revelam os custos com a dor crónica, já que esta, podendo ser uma doença incapacitante, é a segunda mais prevalente em Portugal. 

De facto, em Portugal, 37% da população adulta padece desta doença que constitui um dos maiores desafios da medicina. E estes números têm um grande impacto na economia portuguesa porque “os custos indiretos são muito avultados. Acredita-se que ascendam aos 4,5 mil milhões de euros, o que corresponde a 2,7% do PIB nacional e esta realidade está relacionada, por exemplo, com o absentismo laboral”, enfatiza Filipe Antunes.

Os custos com a dor são, aliás, superiores ao somatório dos gastos com a obesidade, diabetes, álcool e tabagismo em Portugal.

Perante este flagelo, investigadores têm desenvolvido esforços no sentido de minorar os sintomas e promover a melhoria da qualidade de vida dos doentes que sofrem com dor crónica. Na opinião do especialista, ao nível da farmacologia tem-se registado “uma evolução positiva, no entanto não tão grande quanto seria desejável”.

Mas “há outras terapêuticas, como as de cariz psicológico e a fisioterapia, que podem aplicar-se nestes casos, já que falamos de uma abordagem multidisciplinar”, conclui.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório