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NATO "não se tornou obsoleta" e "empenho de Portugal não mudará"

O Presidente da República defendeu hoje que a NATO "não se tornou obsoleta" - como tinha considerado, há um ano, Donald Trump - e "é mais relevante do que nunca" e assegurou o empenho de Portugal na Aliança.

NATO "não se tornou obsoleta" e "empenho de Portugal não mudará"
Notícias ao Minuto

13:45 - 20/09/17 por Lusa

País Presidente Marcelo

"<span class="news_bold">Os presidentes podem mudar, os governos podem mudar, as maiorias parlamentares podem mudar, o empenho de Portugal na NATO não mudará", disse Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia do 15.º aniversário do Centro Conjunto de Análises e Lições Aprendidas da NATO, no Comando Aéreo, em Monsanto, em Lisboa.

Num discurso em inglês, o chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas sustentou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte, criada em 1949, desempenha um papel que ultrapassa a esfera militar, de "guardião dos princípios do primado da lei, do diálogo, da tolerância, do respeito pela vida humana".

"A NATO é uma visão de um mundo melhor e mais seguro. Recentemente, ouvimos vozes dizer que a NATO já não é relevante, que a NATO foi criada em tempos particulares que já passaram, que a NATO se tornou obsoleta", prosseguiu, citando uma expressão utilizada pelo atual presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, há um ano, antes de ser eleito.

Donald Trump veio, entretanto, retificar a sua posição, em abril deste ano, afirmando que a NATO "já não é obsoleta", mas Marcelo Rebelo de Sousa quis hoje relembrá-la, para a rejeitar.

"Os tempos mudaram, sim, mas a Aliança também mudou, como sempre fez, e continuará a fazer, ajustando todos os seus procedimentos de acordo com o 'status quo'. É esta capacidade de se adaptar e melhorar que torna a Aliança mais relevante do que nunca, tendo em conta o ambiente de ameaças à segurança que temos hoje, em constante mudança", defendeu.

O Presidente da República falava perante o Comandante Supremo do Comando Aliado da Transformação da NATO, general Mercier, representantes diplomáticos de 16 países da Aliança Atlântica, o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, e o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Pina Monteiro.

No início do seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que "há diferentes teorias sobre a verdadeira razão que levou Portugal a juntar-se à Aliança Atlântica" e que "talvez nunca se venha a saber".

"No entanto, podemos dizer que estamos orgulhosos por ser um dos membros fundadores da NATO, um grupo de países que enfrentou as ameaças que podiam ter destruído o nosso modo de vida", acrescentou, assegurando que, independentemente da conjuntura política, Portugal manterá o seu compromisso para com a Aliança Atlântica.

O chefe de Estado salientou a participação portuguesa em operações e exercícios da Aliança e elogiou o trabalho do Centro Conjunto de Análises e Lições Aprendidas da NATO, com sede em Portugal, apontando-o como um exemplo de como a Aliança "se adapta e evolui".

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