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Famílias de crianças com cancro têm quebra de rendimentos de 500 euros

As famílias de crianças com cancro têm uma redução de proventos mensal superior a 500 euros, com quase dois terços dessas crianças e jovens sem apoio escolar individual ou ao domicílio, segundo os resultados de um inquérito hoje divulgados.

Famílias de crianças com cancro têm quebra de rendimentos de 500 euros
Notícias ao Minuto

08:49 - 19/09/17 por Lusa

País Inquérito

O inquérito foi promovido pela Acreditar -- Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, que fez primeiro um trabalho de reflexão junto de pais e técnicos sobre as principais dificuldades na área da oncologia pediátrica, posteriormente avaliadas junto das famílias no inquérito nacional.

"Os resultados deste inquérito demonstram a necessidade de adequação das políticas sociais que protegem as famílias de crianças e jovens com cancro, de forma a criar melhores condições de adaptação às exigências dos tratamentos e da sobrevivência", diz a Acreditar no documento que divulga os resultados do trabalho.

O inquérito, a que responderam 419 pessoas, destaca na área da segurança social o facto de as famílias terem uma média de "diferencial negativo" de 539 euros mensais, resultado de um aumento de despesas de 254 euros após o diagnóstico e uma diminuição das receitas de 285 euros.

A alimentação, as deslocações e a medicação estão na origem do aumento das despesas, com a diminuição das receitas a relacionar-se com as baixas e o desemprego.

"No apoio escolar, o dado mais relevante é o de que 63,5% das crianças e jovens não terem beneficiado de apoio individual e/ou ao domicílio", diz-se no documento a que a Lusa teve acesso, no qual se acrescenta ainda como dado relevante que 89% das famílias considera que o prazo para assistência à criança/jovem deve poder ser superior a 04 anos.

A Acreditar lembra que cerca de 400 crianças em cada ano são diagnosticadas com cancro, algo que tem "um impacto imediato e disruptivo" na família. O tratamento pode ir até três anos.

Além do sofrimento e do impacto físico e psicológico nas crianças, a família é confrontada com um rombo financeiro imediato que engloba os custos diretos mas também as despesas de deslocação ao centro oncológico, os cuidados com a alimentação, os suplementos alimentares e os medicamentos complementares, lembra também a associação.

A Acreditar foi criada em 1994 como "uma rede de partilha e de afetos feita de crianças, jovens, pais e amigos" e que tem como missão "tratar a criança ou o jovem com cancro" e "não só o cancro na criança ou no jovem", promovendo a sua qualidade de vida e da família.

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