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Fundos Pedrógão: "Era bom se explicassem aos portugueses quem gere o quê"

Marcelo não fugiu à recente polémica sobre o desvio de fundos de ajuda a Pedrógão Grande. Presidente disse que lhe foi explicado como os fundos eram geridos. Pede um pacto local para que não se faça campanha eleitoral em torno da questão de Pedrógão.

Fundos Pedrógão: "Era bom se explicassem aos portugueses quem gere o quê"
Notícias ao Minuto

15:28 - 05/09/17 por Notícias Ao Minuto

País Presidente República

A recente polémica em torno de um eventual desvio de fundos de ajuda às vítimas e às populações de Pedrógão Grande e das restantes localidades da região Centro afetadas pelo trágico incêndio de 17 de junho foi abordada esta terça-feira por Marcelo Rebelo de Sousa. 

O Presidente da República não fugiu às questões dos jornalistas durante uma visita ao bairro de Marvila.

"Penso que é útil que quem de direito esclareça os portugueses sobre uma matéria que me foi explicada a mim no dia 17 de agosto, mas acho que deve ser explicado aos portugueses. Só uma parte dos fundos é que é gerida pelo Estado e a outra parte é gerida por outra entidades sociais por escolha da sociedade civil. E acho que era bom se explicassem aos portugueses quem gere o quê", afirmou Marcelo.

O Presidente considerou que a explicação que lhe foi dada "tinha lógica, mas é preciso que os portugueses compreendam". Questionado se essa explicação deveria ser dada pelo Governo, Marcelo limitou-se a responder que essa explicação deveria partir dos "encarregados da condução daquele programa a nível daquela área abrangida".

Na opinião do Chefe de Estado, os portugueses devem saber que "tantos milhões são geridos pelo Estado, tantos milhões são geridos pelas instituições sociais" e quem está responsável pela gestão dos fundos doados a nível interno e do dinheiro que chegou do estrangeiro.

Marcelo disse ainda que se houve algum tipo de lapso na gestão desses fundos "naturalmente se ganha em ter esses lapsos corrigidos. Acontece muitas vezes, mas é bom que sejam corrigidos". 

Com o aproximar das autárquicas, Marcelo insistiu num apelo que já tinha feito anteriormente, para que haja "um pacto de não agressão a nível local" sobre a questão de Pedrógão.

"Era bom que nestas três semanas que faltam para as eleições, a tragédia de Pedrógão, aquelas vítimas não fossem envolvidas na campanha eleitoral. Entre personalidades, entre candidaturas, entre autarquias, entre instituições. Eu sei que é difícil, porque estamos a viver tudo ao mesmo tempo. Pode acontecer que haja quem diga que isto não deve ser feito de outra maneira e quem pense de outra forma".

Para Marcelo isso não invalida que as medidas de ajuda e os trabalhos de recuperação naquela região continuem entretanto.

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