Movimento Chega de moradas falsas entrega queixa no Ministério Público
O filho de uma das fundadoras do Movimento vive a 50 metros da Escola Secundária Filipa de Lencaste, em Lisboa, e foi colocado numa escola a 3km de casa, por falta de vaga.
© iStock
País Educação
Os casos de pais e encarregados de educação que usam moradas falsas para inscrever crianças em determinadas escolas têm vindo a ganhar dimensão nos últimos tempos, com várias denúncias, nomeadamente na cidade de Lisboa.
O Movimento Chega de moradas falsas entregou hoje no Ministério Público uma queixa-crime contra os pais e encarregados de educação, confirmou ao Notícias ao Minuto, Marta Valente, uma das fundadoras.
“Há vários anos que temos conhecimento de que há pais que atribuem encarregados de educação falsos aos seus filhos para terem acesso e prioridade nos processos de matricula”, refere Marta Valente, acrescentando que já foram inclusivamente abordadas para serem “encarregadas de educação de outras crianças”.
A fundadora do Movimento sublinha que a queixa-crime, entregue por volta da 13h30 da tarde de hoje, no Departamento de Investigação e Ação Penal, tem como propósito “punir os pais” que têm usado moradas falsas nos últimos anos, bem como “dissuadir futuros pais que queiram entrar nestes esquemas”, denunciando que são “situações puníveis por lei”.
“Infelizmente moramos a 50 metros da escola que está em primeiro lugar do ranking”, lamenta Marta Valente, denunciando que “toda esta situação tem a ver com o lugar ocupado pela escola”.
Para além da queixa, o Movimento tem realizado várias ações, como a entrega de uma petição pública na Assembleia da República, durante o fim de semana passado, uma petição que já conta neste momento com mais de 1500 assinaturas.
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