Touradas: "Vamos chocar as pessoas sobre como o seu dinheiro é gasto"
A Animal continua a batalha pelo fim da tauromaquia, focando-se agora em "expor o dinheiro do erário público que subsidia a atividade". Para isso, reuniu documentação que, promete, "vai chocar as pessoas".
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A associação Animal continua a sua luta pelo fim da tauromaquia em Portugal e anuncia mais uma fase da campanha 'Enterrar Touradas', focada em "expor o dinheiro do erário público que subsidia a atividade e em estimular a empatia da cidadania pelos animais vítimas da indústria".
No ano passado, a Animal "recolheu mais de 30 mil assinaturas, pedindo o fim dos apoios públicos à tauromaquia e entregou-as no Parlamento". Contudo, "infelizmente, não chegou a consenso sobre esta proibição", lamenta, através de um comunicado. Apesar disso, a Animal nota que são cada vez mais os membros do Parlamento que rejeitam, individualmente, este tipo de práticas.
"Lamentavelmente estão, muitas vezes, condicionadas/os pela linha mais conservadora dos seus partidos, que ainda 'acreditam' que o facto de uma atividade ser tradicional em alguns locais, mesmo sendo cruel e sem sentido, é justificação para que se perpetue", sublinha. Rita Silva, presidente da Animal, afirmando que esta nova fase da campanha é fruto de meses de preparação, "onde nos concentraremos mais uma vez na questão dos dinheiros públicos".
E uma coisa garante: “Vamos chocar as pessoas com toda a documentação que reunimos (e continuaremos a reunir) sobre como o seu dinheiro é gasto numa atividade cruel, mas, por exemplo, não é gasto em melhorar os canis municipais, em criar centros de apoio à vítima e em tantos outras necessidades que os concelhos não colmatam por falta de dinheiro. Vamos incentivar as pessoas a agirem, desta vez, de uma forma que dificilmente não resultará numa mudança legislativa”,
A questão da tauromaquia "está longe de ser consensual e sendo tão polémica quanto é, é aviltante para a maioria das pessoas que Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais continuem a subsidiar uma atividade que, em abono da verdade, sem este dinheiro público não subsistiria", salienta Rita Silva, querendo chamar a atenção também "para a forma como diferenciamos aqueles animais dos que habitualmente vemos como 'amigos'": "A verdade é que jamais permitiríamos que o nosso dinheiro financiasse atividades similares, se elas fossem com cães, gatos golfinhos ou póneis, por exemplo", remata.
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