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Aqueduto de Évora "ganha" iluminação cénica na zona intramuros

O aqueduto quinhentista da Água de Prata, em Évora, vai ser dotado de iluminação cénica no troço situado na zona intramuros da cidade, fruto de um investimento de 110 mil euros, divulgou hoje o município.

Aqueduto de Évora "ganha" iluminação cénica na zona intramuros
Notícias ao Minuto

11:32 - 22/08/17 por Lusa

País Município

"Esta nova iluminação cénica vai permitir recentrar o aqueduto na vida noturna da cidade e valorizar esse elemento patrimonial de grande importância" da cidade, afirmou à agência Lusa o vereador da Cultura da Câmara de Évora, Eduardo Luciano.

Segundo o autarca, os habitantes da cidade alentejana "passam pelo aqueduto dezenas de vezes por dia e já não dão por ele", porque o seu desenho na zona intramuros "funde-se com a malha urbana".

A iluminação cénica do monumento, que já obteve "luz verde" da Direção Geral do Património Cultural (DGPC), integra o seu programa de conservação e consolidação, que está inscrito no World Monument Watch do World Monument Fund (WMF).

O projeto vai ser financiado em 85% por fundos comunitários, através do programa operacional Alentejo 2020, na sequência de uma candidatura apresentada pela Câmara de Évora, que vai suportar os restantes 15% do investimento.

O vereador Eduardo Luciano adiantou que o município vai avançar agora com os procedimentos para adjudicação da empreitada, prevendo que os trabalhos possam arrancar no primeiro trimestre de 2018.

A nova iluminação cénica "vai incidir especialmente nos alçados" e utilizar "tecnologia mais amiga do ambiente", indicou, realçando que vão existir "preocupações para que a iluminação cénica seja coerente com a iluminação pública".

O Aqueduto da Água da Prata, um dos símbolos patrimoniais de Évora, é uma obra de engenharia da autoria de Francisco de Arruda, tendo a sua construção, terminada em 1537, sido impulsionada por D. João III.

A infraestrutura, como escreveu o historiador Túlio Espanca no livro "Encontro com a Cidade", prolonga-se por cerca de 18 quilómetros "através de canalizações e arcaria de granito no estilo da Renascença", tendo sido inaugurada "na presença do rei e da corte".

O aqueduto serviu até à década de 30 do século XX para transportar água de nascentes existentes na zona da Graça do Divor até ao centro da cidade e alguns conventos e casa particulares de elevada importância social para a época.

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