Marcelo e Costa em Barcelona para prestar homenagem e lutar contra o medo
Presidente da República e primeiro-ministro de Portugal estiveram no país vizinho a homenagear as vítimas do duplo atentado em Espanha.
© Reuters
País Estado
Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa assistiram às cerimónias de homenagem às vítimas dos atentados de Barcelona, que decorreu na basílica da Sagrada Família, e estiveram nas Ramblas, onde tomaram um café e falaram aos jornalistas.
“Entendemos que Portugal devia estar presente em termos de amizade, solidariedade e fraternidade, não apenas pelas duas vítimas portuguesas”, começou por dizer o Presidente da República, referindo-se à decisão tomada pelos dois mais altos cargos do Estado português.
A expressão do que “vai no coração de todos os portugueses” foi dado a conhecer “a sua majestade, ao presidente do Governo, ao povo catalão e em geral ao povo espanhol”, numa “cerimónia comovedora e impressionante pela massa humana e pela forma como o cardeal exprimiu o que é fundamental nestes momentos, a preocupação e construção da paz, da concórdia e da justiça”.
Por outro lado, António Costa recordou que “o terrorismo afeta todo o mundo porque é uma ameaça global”. “Quando atinge Barcelona, que é uma cidade do mundo, não é por acaso que temos vítimas de mais de 30 nacionalidades”.
Frisando que as “duas vítimas portuguesas tocam particularmente”, mas não esquecendo que “esta dor é partilhada em todos os pontos do mundo”, o primeiro-ministro revelou ter ido beber café às Ramblas, onde viu um sinal claro de resistência ao medo.
“O facto de hoje as Ramblas estarem cheias e de termos tomado um café, é um sinal de que o terrorismo não derrota o nosso modo de vida. E que a defesa da liberdade, a ideia de uma cidade cosmopolita, da tolerância e do respeito, dessa mensagem de unidade entre o ser humano que tão bem expressou o cardeal, tem de estar presente no dia a dia. É sinal de homenagem às vítimas portuguesas, aos que tombaram neste ato de terrorismo, mas também uma homenagem à vitalidade cosmopolita desta cidade, que representa o espírito universal que deve primar na unidade entre todos os seres humanos”, esclareceu.
Questionado sobre a forma como os turistas devem reagir a este atentado numa cidadão tão visitada por portugueses, António Costa foi ainda perentório: “Nem fechados em casa estamos seguros contra o terrorismo, é uma ameaça global que pode atingir qualquer um e em qualquer lugar do mundo. A melhor vitória que [lhes] podíamos dar era ceder naquilo que é a forma normal de continuarmos a viver”.
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