Discórdia entre Câmara e Junta. "Árvore nunca esteve sinalizada"
Cidadãos locais e autarquia dizem que árvore que caiu já estava sinalizada mas presidente da câmara do Funchal desmente.
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País Funchal
Paulo Cafôfo, presidente da câmara do Funchal, indicou esta tarde aos jornalistas que a árvore que caiu no Largo da Fonte, causando a morte a 13 pessoas, nunca esteve sinalizada como potencial risco para pessoas.
“Aquela árvore nunca esteve sinalizada como perigo de queda e nunca deu entrada nos serviços camarários qualquer queixa com vista à sua limpeza ou abate, por parte de instituições públicas, mormente da junta de freguesia do Monte, do proprietário do terreno, nem dos cidadãos”, disse o responsável em conferência de imprensa.
Esta informação é contrariada pela presidente da Junta de Freguesia do Monte, Idalina Silva, que indicou à agência Lusa que as àrvores no local não eram desbastadas "há muito tempo".
A autarca indicou à Lusa que foram apresentados pedidos de intervenção à Câmara Municipal do Funchal, atualmente liderada pela coligação Mudança (PS, BE, PTP, MPT e PAN), uma informação que já tinha sido avançada pelo Jornal da Madeira, onde até se incluem fotografias dos documentos oficiais.
O Jornal da Madeira explica, inclusive, que no “ofício com data de 5 de julho de 2017, a presidente da Junta, Idalina Silva, solicitou ‘o corte/poda dos plátanos existentes desde o Largo da Fonte até ao Largo das Babosas’, informando da queda de um galho de grande porte ocorrido a 1 de julho”. A resposta, da parte da vereadora Idalina Perestrelo, escrevia: “os plátanos no Largo da Fonte, caso se justifique, irão ser intervencionados oportunamente”.
As árvores de grande porte que se encontram no Largo da Fonte, onde se deu a tragédia, fazem parte do Parque Leite Monteiro, um terreno onde existem muitos plátanos mas também carvalhos, precisamente o tipo de árvore que caiu. Este carvalho, com 200 anos de idade, já estaria inclusive preso com um cabo de aço a outra árvore, para servir de suporte, segundo declarações de habitantes locais à imprensa.
Paulo Cafôfo desmente e refere que "a árvore que caiu não estava amarrada a qualquer cabo". De acordo com o responsável, as árvores presas por um cabo são um plátano, um loureiro e um til, por ordem da anterior vereação, liderada por Miguel Albuquerque, e que "não foram afetados". Neste momento, não oferecem qualquer perigo, sustentou.
Recorde-se que Miguel Albuquerque, atual presidente do executivo insular, recusou-se a falar sobre atribuição de responsabilidades para já, dando prioridade ao apoio às famílias, mas sublinhado que "aquela área é uma área de administração municipal".
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