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Ministro diz que formação segura nos comandos manteve tropa exigente

O ministro da Defesa Nacional considerou hoje, em Sintra, que os comandos reforçaram a segurança na formação, continuando a ser uma tropa especial exigente, para representar o país em missões como a da República Centro-Africana (RCA).

Ministro diz que formação segura nos comandos manteve tropa exigente
Notícias ao Minuto

14:46 - 11/08/17 por Lusa

País Azeredo Lopes

"O regimento de comandos, naturalmente que na dependência do comando do Exército, fez o trabalho que tinha a fazer, [e] o referencial do curso foi reforçado em aspetos quer quanto à segurança, quer quanto às condições de saúde dos instruendos", afirmou José Azeredo Lopes.

O governante, que falava no quartel da Carregueira (Sintra), no encerramento do curso de comandos e entrega do estandarte nacional à segunda Força Nacional Destacada na RCA, acrescentou que a exigência do 128.º curso é demonstrada pelo facto de que "só 23% dos instruendos é que chegaram ao fim".

Além de salientar que o regimento de comandos soube enfrentar "com coragem" os problemas relacionados com a morte de dois instruendos no anterior curso, Azeredo Lopes assegurou que os comandos continuam "a ser uma tropa especial de elevada exigência".

"Precisamos de elevada exigência na instrução e na preparação para termos a confiança, que com certeza todos temos, em que do regimento de comandos virá sempre um conjunto de forças que serão cruciais em determinados teatros de operações", frisou o ministro, notando que a RCA "é um teatro de operações particularmente exigente".

Após a entrega das boinas aos 13 militares que terminaram o curso com aproveitamento, dos 57 que iniciaram a instrução do 128.º curso de comandos, Azeredo Lopes sustentou que a atual formação não pode ser comparada com a anterior, mas admitiu ser "gratificante ver a pujança" dos comandos.

O titular da pasta da Defesa valorizou também a participação portuguesa na missão da Organização das Nações Unidas na RCA, através da primeira Força Nacional Destacada, que aguarda para ser rendida por um segundo destacamento, com partida prevista para 25 de agosto e 04 de setembro.

"É importantíssimo o que os comandos estão a fazer na República Centro-Africana", vincou o governante, referindo que a presença da primeira Força Nacional Destacada "honrou Portugal" e contribui para reforçar a presença portuguesa em missões da ONU e, em particular, num país onde se detetam "sinais preocupantes de violação dos direitos humanos".

A segunda Força Nacional Destacada para a missão Multidimensional Integrada de Estabilização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA) é composta por 159 militares, dos quais 90 comandos nos grupos de combate, três militares da Força Aérea, que garantem a capacidade de coordenação do apoio aéreo, e 66 militares que integrarão o comando, o estado-maior e destacamento de apoio.

A rendição da primeira Força Nacional Destacada estava prevista para o fim de julho, mas teve de ser adiada por o Exército ter de substituir seis comandos, que por terem sido acusados no âmbito de um processo criminal não poderão integrar a missão da ONU.

Os seis militares substituídos foram acusados pelo Ministério Público, na sequência da morte de dois militares no 127.º curso de Comandos, em setembro do ano passado, e segundo regras estabelecidas pela ONU em janeiro de 2016, as suas missões não poderão integrar qualquer militar alvo de acusação em processos criminais.

O ministro reconheceu o esforço dos militares da primeira força para prolongar a permanência na RCA, enquanto aguardam pela rendição, mas anunciou que, antes do avanço da segunda força, será enviado novo material para reforçar e melhorar os meios das forças portuguesas no terreno.

A tenente Ema Gonçalves, 31 anos, integra a segunda Força Nacional Destacada como oficial de finanças e voluntariou-se por "ser um objetivo" na sua carreira e espera contribuir para assegurar a estabilidade da RCA.

"As missões são todas exigentes. Uma das características marcadas nos comandos é a nossa grande capacidade de adaptação, é uma força de primeira intervenção capaz de se adaptar às suas exigências", afirmou o primeiro sargento Pedro Pereira, 38 anos, que vai comandar uma equipa dos três grupos de combate na RCA, depois de já ter cumprido outras missões nos Balcãs e no Afeganistão.

O primeiro-cabo Sérgio Freitas, 29 anos, depois de uma anterior missão no Iraque, voluntariou-se "pela experiência" e para "ajudar as Nações Unidas", confiante que a força, embora não seja fácil, está preparada "para cumprir a missão".

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