Apenas 300 passageiros, dos 15 mil afetados, pernoitaram no aeroporto
O secretário da Economia, Turismo e Cultura disse hoje que apenas 300 passageiros pernoitaram nas últimas duas noites no Aeroporto da Madeira, dos cerca de 15 mil que foram afetados pelos condicionamentos provocados pelo vento.
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País Madeira
"Hoje estamos numa circunstância diferente daquela que aconteceu ontem [domingo]. O aeroporto está operacional", tendo conseguido aterrar mais de sete aeronaves, além da ligação ao Porto Santo, declarou Eduardo Jesus, que se deslocou hoje ao aeroporto da Madeira -- Cristiano Ronaldo.
O governante salientou que domingo foi um dia marcado pela "inoperacionalidade", porque o "vento não permitiu a operação".
"No cumprimento do plano de deve ser ativado para estas circunstâncias pela ANA -- Aeroportos de Portugal, que é a concessionária do aeroporto, foram reforçadas as condições de acolhimento das pessoas aqui", salientou o responsável do executivo madeirense.
O secretário regional acrescentou que só no domingo "foram afetadas milhares de pessoas pela inoperacionalidade do aeroporto, quase 15 mil, e dormiram apenas 300 pessoas em duas noites" naquele espaço, o que significa que "houve uma grande interação com os hotéis da Madeira, que voltaram a acolher esses mesmos estrangeiros".
"É desta interação que tem que sair solução com o único objetivo de minorar o prejuízo e o incómodo pelo facto do vento estar forte", condicionando o movimento, realçou.
Eduardo Jesus informou que, "no que diz respeito aos residentes, a antecipação com que foi comunicado às agências de viagem permitiu alertar essas pessoas para alterarem os seus voos, quer de saída quer de chegada, para minimizar este impacto".
O secretário com a pasta do turismo no executivo do arquipélago sublinhou que "estas dificuldades colocam sempre à prova as pessoas envolvidas neste setor".
Mas, no seu entender, foram encontradas "soluções diferentes que preconizam a utilização de infraestruturas que a Madeira dispõe, neste caso o aeroporto do Porto Santo para onde divergem muitas destas aeronaves e simultaneamente a ligação poder ser feita através de via marítima", mencionando que o navio Lobo Marinho transportou domingo 1.200 pessoas que estavam naquela ilha.
Adiantou que o concessionário do navio já informou estar "disponível para organização e realização de outras viagens que permitam escoar essas pessoas" ainda ali retidas.
Segundo Eduardo Jesus, "nenhum aeroporto do mundo tem capacidade para acolher a inoperacionalidade de um dia ou dois da infraestrutura", destacando a importância da interação entre todas as entidades ligadas ao setor para delinear um plano para minimizar o impacto da situação desde que tiveram conhecimento das previsões meteorológicas adversas.
O governate defendeu uma reflexão sobre utilizar a lógica do transporte marítimo como complemento à ligação aérea, utilizando a mais-valia do aeroporto do Porto Santo, que não está a ser afetado pelo vento forte, atestando que "toda a gente esteve empenhada" e colaborou para minorar o problema e o incómodo para os passageiros.
Também recordou os constrangimentos causados às companhias aéreas no mês de agosto, visto que este tipo de situação desencadeia dificuldades em todo o planeamento.
Eduardo Jesus mencionou que o Governo Regional já despoletou o processo para rever o limite da velocidade do vento na zona do aeroporto, que está estabelecido desde 1976, visto que as condições da infraestrutura e as capacidades das aeronaves são outras.
Contudo, realçou que nos últimos dias o vento era muito forte, com rajadas de 80 quilómetros/hora, o que impedia mesmo a operacionalidade.
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