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Medidas para combater seca sem avaliação ou execução, diz associação Zero

As medidas de eficiência do uso de água não são avaliadas há quatro anos, como também estão por implementar propostas da Comissão de Acompanhamento da Seca de 2012, diz a associação ambientalista Zero.

Medidas para combater seca sem avaliação ou execução, diz associação Zero
Notícias ao Minuto

06:13 - 03/08/17 por Lusa

País Comunicado

A propósito da atual situação de seca que o país vive a associação lembra, em comunicado hoje divulgado, que em 2005 foi aprovado o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água (PNUEA), que foi revisto em 2012 mas que "está na gaveta há quatro anos".

O PNUEA estipulava para o período 2012-2020 limites para o desperdício de água para o setor urbano, agrícola e industrial, para redução de perdas nos sistemas de abastecimento, tendo sido preconizadas 87medidas que no conjunto poderiam traduzir-se numa poupança de 100 milhões de metros cúbicos por ano, lembra a Zero.

E diz também que pediu à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) informação sobre os relatórios anuais de avaliação do programa, recebendo como resposta que não foram feitos relatórios e que "muitas das medidas preconizadas estão a ser implementadas no âmbito de outros planos e programas, e por diversas entidades".

A associação ambientalista considera no entanto que "apesar de existirem medidas preconizadas em vários planos estas dificilmente se aplicam na prática e não refletem a realidade atual".

No setor urbano a Zero estima que apenas cerca de 44% das medidas foram parcialmente implementadas.

No comunicado lembra-se também o período de seca idêntico ao atual que o país viveu em 2012, quando foi criada uma Comissão de Acompanhamento e Monitorização da Seca, "que preconizou um conjunto de medidas para a monitorização e a prevenção de situações de seca".

Cinco anos volvidos, nenhuma das medidas "foi efetivamente implementada".

Afirma a Zero que apesar de se registarem níveis de precipitação significativamente abaixo da média desde dezembro de 2016, e de se terem registado volumes de armazenamento nas albufeiras abaixo da média desde abril deste ano, "apenas em julho deste ano foi criada uma Comissão de Acompanhamento da Seca".

E salienta que a maioria das medidas adotadas agora nos Planos de Contingência da Seca, como a não utilização de água da rede pública para lavagens de automóveis e pavimentos ou para a rega de espaços verdes, são já medidas preconizadas, mas não implementadas, no PNUEA.

No fim de julho, segundo dados do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, a água armazenada em barragens registava em termos gerais valores inferiores à média dos últimos 25 anos.

Das 60 albufeiras monitorizadas 18 estavam a menos de 40% da capacidade, com a bacia do Sado apenas a 23%.

Também a quantidade de água nos aquíferos tem vindo a diminuir drasticamente, com 44 das 63 massas de água subterrâneas a registar, em julho, valores inferiores às médias mensais, diz também a Zero.

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