Polícia detém mulher suspeita de atear fogo que lavra em Castelo Branco
A Polícia Judiciária deteve uma mulher suspeita de atear o incêndio florestal de grandes dimensões que deflagrou no domingo no concelho de Castelo Branco e que hoje se mantém ativo, afetando ainda o município de Vila Velha de Ródão.
© Global Imagens
País PJ
Segundo um comunicado da polícia divulgado esta manhã, a mulher, de 50 anos e doméstica, foi detida pela Diretoria do Centro, com a colaboração da GNR, por suspeita de "um crime de incêndio florestal em terreno povoado por pasto seco e pinheiros, com utilização de isqueiro".
A detida vai ser ouvida em primeiro interrogatório judicial, onde lhe serão aplicadas medidas de coação.
Este incêndio começou em Vale Coelheiro, na freguesia de Santo André das Tojeiras, no concelho e distrito de Castelo Branco, às 17:55 de domingo, tendo-se propagado ao concelho vizinho de Vila Velha de Ródão, onde ainda está hoje ativo.
Durante a noite passou o rio Tejo e chegou ao concelho vizinho de Nisa, já no distrito de Portalegre, através do monumento natural das Portas de Ródão, de acordo com o vice-presidente do município de Vila Velha de Ródão, José Manuel Alves.
O incêndio levou à retirada de vários moradores de suas casas em Vilas Ruivas (Vila Velha de Ródão), que entretanto já regressaram às suas casas, tendo danificado pelo menos uma casa de habitação e vários armazéns agrícolas.
Este ano a Polícia Judiciária já identificou e deteve 40 pessoas pela autoria do crime de incêndio florestal.
Incêndio controlado mas com "pontos quentes"
O fogo que lavra em Vila Velha de Ródão está ao início da tarde "controlado", apesar de existirem "muitos pontos quentes" que obrigam a uma atenção permanente, disse hoje à agência Lusa o vice-presidente da Câmara local.
"O fogo está controlado. Existem muitos pontos quentes que obrigam a uma atenção muito grande. Tínhamos uma zona mais complicada junto ao Perdigão, já praticamente controlada. A fase agora é mais de prevenção, mas o fogo está neste momento sob controlo em toda a sua área", explicou José Manuel Alves.
O autarca sublinhou que durante a tarde e com o aumento da temperatura o momento é de "grande vigilância" e "controle dos pontos quentes". "Se não houver cuidado, sujeitamo-nos a que haja reacendimentos", disse.
O incêndio deflagrou às 17:55 de segunda-feira, na freguesia de Santo André das Tojeiras, em Castelo Branco, tendo passado posteriormente para o concelho de Vila Velha de Ródão e também para o concelho de Nisa, no distrito de Portalegre.
[Notícia atualizada às 15h03]
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