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"Não encontro uma razão para que não se divulgue a lista de mortos"

Comentador televisivo Miguel Sousa Tavares diz ser “absurdo” que o Ministério Público não divulgue a lista de vítimas mortais do incêndio em Pedrógão Grande.

"Não encontro uma razão para que não se divulgue a lista de mortos"
Notícias ao Minuto

21:33 - 24/07/17 por Goreti Pera

País Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares considera “absolutamente inadmissível” que o Ministério Público ainda não tenha divulgado a lista de mortos decorrentes do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande.

No passado sábado, o semanário Expresso noticiou que uma mulher terá morrido ao tentar fugir das chamas, não tendo sido considerada uma vítima direta do fogo que matou 64 pessoas no fatídico dia 17 de junho e, portanto, não tendo sido incluída na lista.

A Procuradoria-Geral da República admite ter conhecimento do atropelamento e abriu entretanto uma investigação ao mesmo, mas não o considerou ainda uma consequência do incêndio, pelo que o número 64 se mantém como número oficial de vítimas mortais. Mas a lista de mortos mantém-se em segredo de justiça e não foi, por enquanto, tornada pública.

No entender de Miguel Sousa Tavares, “isto é uma não-polémica” e “é absurdo” que esteja a ser discutido. “Não consigo descobrir uma única razão lógica para que o invocado segredo de justiça na investigação impeça a divulgação do nome dos mortos. Em quê que isso pode perturbar a investigação?”, questionou o comentador na antena da SIC, convicto de que a investigação “pode durar meses”.

Incompreensível é também, no entender do antigo jornalista, que “que se faça disto um questão política, quando obviamente o Governo não tem responsabilidade. A responsabilidade é do Ministério Público”.

“O que é preocupante é ter o país a arder, fora de controlo, sem uma estratégia de combate. É isso que devia estar a ser discutido pelas entidades, pelo Governo, pela oposição. [A prioridade] é evitar que haja mais novas listas de mortos”.

A terminar o comentário semanal, Miguel Sousa Tavares referiu ainda que “64 mortos num incêndio é um número absurdo” e que, “em 2014, as Nações Unidas fizeram um relatório em que avisaram que uma das zonas do planeta mais exposta a incêndios devastadores era o Sul da Europa e Portugal um desses países”. “O que é que foi feito depois disso?”, perguntou.

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