Agentes da PSP presentes em concentração solidária em Alfragide
Sindicato Nacional de Polícia condena acusações públicas antes da investigação judicial estar concluída.
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País Casos
Cerca de 200 agentes da PSP participam esta tarde numa manifestação de apoio os 18 agentes acusados de tortura e racismo no caso da Cova da Moura.
A concentração solidária decorre frente à esquadra de Alfragide e começou por ser convocada nas redes sociais, mas o Sindicato Nacional de Polícias (Sinapol) apoiou a iniciativa.
Em declarações à TVI24, o dirigente do Sinapol, Armando Ferreira, fala de uma necessidade de reforço de elementos da PSP em todo o país, mas em especial em Alfragide.
“O agentes que estão aqui a trabalhar têm feito com orgulho a sua missão de polícias numa das zonas mais dificuldade de trabalhar em Portugal”, considera.
Armando Ferreira, lamentou o que considera ser um “claro aproveitamento político” do caso, antes de estarem concluídos os processos judiciais em curso.
Segundo a acusação do Ministério Público, os agentes da PSP em causa estão acusados de denúncia caluniosa, injúria, falsidade de testemunho e ofensas à integridade física, incluindo "tratamentos cruéis e degradantes ou desumanos e sequestro agravado".
A versão da PSP, que na altura apresentou aos acontecimentos de fevereiro de 2015, relata que um grupo de cerca de 10 jovens tentou invadir a esquadra da PSP de Alfragide, no concelho da Amadora, na sequência da detenção de um jovem que atirou uma pedra contra uma carrinha policial.
Ainda de acordo com a PSP, uma carrinha de uma equipa que patrulhava o bairro da Cova da Moura foi atingida por uma pedra atirada por um jovem de um grupo de cerca de 10 pessoas. Um polícia sofreu ferimentos ligeiros, no rosto e nos braços, e foi transportado para o Hospital de Amadora-Sintra, e o jovem, de 24 anos, foi levado para a esquadra de Alfragide.
Na sequência da detenção, os restantes jovens, com idades entre os 23 e 25 anos, "tentaram invadir" a esquadra, tendo sido disparado um novo tiro para o ar, disse a PSP. Foram detidos cinco elementos do grupo e os restantes fugiram.
Esta versão é contrariada pelos jovens, que se queixam de agressões, tortura e discriminação racial por parte dos agentes da PSP.
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