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Azeredo Lopes aponta "quatro equívocos" no debate sobre o roubo

O ministro da Defesa sustentou hoje existirem "quatro equívocos principais" que contaminaram o debate sobre o furto de Tancos, frisando em primeiro lugar que a segurança dos paióis é uma questão de gestão operacional.

Azeredo Lopes aponta "quatro equívocos" no debate sobre o roubo
Notícias ao Minuto

16:44 - 07/07/17 por Lusa

País Tancos

tipicamente uma questão que cabe aos ramos. Dificilmente se encontra um domínio com uma natureza mais operacional", afirmou José Azeredo Lopes, numa intervenção perante a comissão de Defesa Nacional, onde está a ser ouvido sobre o furto de material de guerra em Tancos.

Em segundo lugar, Azeredo Lopes disse não ter recebido qualquer pedido, chamada de atenção ou relatório que "identificasse uma situação grave de insegurança".

"Não tinha qualquer conhecimento de uma situação que fosse urgente corrigir, direta ou indiretamente, à segurança daqueles paióis", frisou.

O "terceiro equívoco", prosseguiu, foi ter sido "acusado" de desvalorizar o caso. Azeredo Lopes recusou qualquer desvalorização, sublinhando que nas suas intervenções públicas "foram no sentido de, sem meias palavras, o qualificar como grave".

"Mesmo quando invoquei outros casos, deixei claro que não visava por qualquer forma diminuir a gravidade deste triste evento de 28 de junho", acrescentou.

O ministro da Defesa Nacional disse ter sido informado do furto no dia 28 de junho, quando estava a aterrar em Bruxelas, pelo chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, que o pôs ao corrente da "gravidade" do roubo.

"O quarto equívoco é o alegado grave impacto internacional na imagem de Portugal", apontou, revelando que teve uma "longa conversa telefónica" com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, sobre o assunto.

Segundo Azeredo Lopes, o secretário-geral da Organização "nunca sobrevalorizou os factos de Tancos e insistiu no crédito e na fiabilidade de Portugal como membro da NATO e velho aliado".

Azeredo Lopes referiu-se depois ao que considerou ser a "responsabilidade política" do ministro da Defesa, afirmando que adotou as "medidas necessárias" para apoiar o cabal esclarecimento dos factos.

"A responsabilidade política passou por afastar-me dos holofotes e discursos inflamados onde se procurou criar uma agitação artificial nas Forças Armadas", disse, rejeitando "alinhar na criação de um ambiente de desassossego, numa tentativa de aproveitamento, politização ou instrumentalização da instituição militar".

"Isso sim seria grave. Nisso não vou participar", disse.

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