Júlia Amorim, que se deslocou ao posto de comando instalado em Constância-Sul, disse à Lusa que o fogo, que lavrou numa área de sobro e pinheiro, andou "à porta de algumas casas" nesta localidade, junto à capela de Santo António, mas "nenhuma esteve em risco".
Salientando que o incêndio "começou forte e progrediu forte", a autarca afirmou que também os meios atuaram "com eficácia e prontidão", permitindo que 80% do perímetro afetado tenha sido dado em resolução menos de uma hora depois e que, com o cair da noite, se espere que fique totalmente dominado.
Às 21:30, a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil indicava a presença no combate a este incêndio de 213 operacionais, 55 viaturas e cinco meios aéreos.
Júlia Amorim disse à Lusa que ainda hoje andou com os elementos do gabinete técnico florestal do município a verificar os aceiros, estradões e a limpeza dos perímetros junto a povoações, numa visita que a deixou tranquila com o trabalho feito numa zona de vales com floresta de várias espécies.
O comandante distrital de operações de socorro de Santarém, Mário Silvestre, disse à Lusa que a grande dificuldade hoje residiu na quantidade de incêndios de grandes dimensões a que os bombeiros tiveram que responder no distrito.
Além do incêndio em Constância-Sul, os bombeiros tiveram que acorrer a incêndios em Crucifixo, na freguesia de Tramagal (Abrantes), que deflagrou às 12:01, e onde às 21:40 estavam ainda 73 operacionais e 23 viaturas, em Portela, no concelho de Tomar, com início às 12:02, e que tinha envolvidos no combate, à mesma hora, 185 operacionais e 55 viaturas.
No incêndio de Carvalheiro (Alcanena), que começou às 14:19, estavam 112 elementos, 37 viaturas e dois meios aéreos, e no de Marinhais (Salvaterra de Magos), com início às 15:29, estavam 68 operacionais e 23 viaturas, tendo-se ainda registado outras ocorrências de menores dimensões.
No incêndio de Abrantes registaram-se oito feridos, dois deles com queimaduras graves, e no de Tomar três feridos ligeiros.