O Governo estima que os prejuízos causados pelos incêndios do mês de junho no Centro do país se aproximem dos 500 milhões de euros, informa a RTP3. A informação é avançada numa altura em que o Executivo está reunido, em Figueiró dos Vinhos, com os municípios atingidos pelos fogos para analisar a listagem de danos.
Os prejuízos diretos dos incêndios que começaram na região Centro no dia 17 de junho, nomeadamente em Pedrógão Grande e Góis, ascendem a 193 milhões de euros, estimando-se em 303 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia, o que perfaz um total de 496 milhões de euros.
À entrada do encontro, o ministro do Planeamento, Pedro Marques, afirmou aos jornalistas que a “reunião será consensual”, sem avançar com as medidas em cima da mesa. “Começámos um trabalho a que nos comprometemos de concluir num prazo de 10 dias o levantamento dos prejuízos. Ele está concluí-lo e vou agora apresentá-lo aos presidentes de câmara, assim como um conjunto de medidas de caráter excecional para resposta aos prejuízos identificados”, adiantou o governante.
O membro do Governo está reunido com os autarcas de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Pampinhosa da Serra, Góis, Sertã e Penela.
É de referir que, segundo os dados conhecidos até ao momento, foram atingidas pelas chamas cerca de 500 casas, das quais 169 são de primeira habitação e 205 de segunda. 117 habitações estariam devolutas.
Recorde-se que a Câmara Municipal de Pedrógão Grande, o município mais afetado pelo incêndio, já havia estimado o prejuízo em "pelo menos 250 milhões de euros".