Depois da mão criminosa, Marta Soares tem nova teoria sobre incêndio
Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses não descarta a sua teoria de que o incêndio de Pedrógão Grande poderá ter tido mão criminosa.
© Reuters
País Pedrógão Grande
A teoria da Polícia Judiciária de que o incêndio de Pedrógão Grande foi causado por uma trovoada seca tem vindo a perder força. Primeiro foi Jaime Marta Soares quem discordou da conclusão da PJ, lançando a “suspeição” de que o incêndio teria tido “mão criminosa”.
Agora foi a vez do IPMA, através do relatório enviado ao Governo, ter defendido que “existe uma probabilidade baixa (mas não nula) da ocorrência de uma descarga nuvem-solo na proximidade do local de deflagração do incêndio”.
Nesta senda, Jaime Marta Soares foi convidado a comentar as novas informações na antena da TVI24, tendo lançado uma nova teoria sobre aquela que poderá ter sido a origem do incêndio.
“A primeira teoria, a do raio, está excluída. A segunda, a da mão criminosa pode continuar, e há uma terceira que eu gostaria que se averiguasse [para se perceber se] porventura não houve um efeito de arco voltaico”, referiu.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses explicou que esta nova teoria é baseada no facto de “passarem, na zona do incêndio, linhas de média e alta tensão”.
Tenho para mim que, mesmo não se tocando, ao aproximarem-se as linhas podem provocar descargas elétricas, o que é o chamado arco voltaico
Esta nova teoria é sustentada, explica o responsável, pelas “informações” a que teve acesso e que dão conta da existência de “um corte nos cabos – e são cabos grossos – onde se veem cabos partidos”.
“Isto pode ter originado esta situação”, aponta, defendendo, por isso, que “era bom que se averiguasse”.
Quanto à sua primeira teoria de “mão criminosa” no incêndio, Marta Soares refere que “nas datas que antecederam o incêndio, e num raio de um quilómetro de onde o mesmo se iniciou, já tinham havido 10 ignições”.
“Isto quer dizer alguma coisa”, aponta, afirmando ainda que “alguém de grande responsabilidade no município e com conhecimentos policiais disse que o fogo era criminoso”.
"Gostaria que se soubesse tudo, tudo sobre aquele incêndio", rematou.
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