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Freguesia de Cortes do Meio investe 300 mil euros para defesa da floresta

A Freguesia de Cortes do Meio, concelho da Covilhã, tem no terreno um Plano de Defesa da Floresta Contra Incêndios que abrange a área do Parque Natural da Serra da Estrela e que implica investimento global de 323 mil euros.

Freguesia de Cortes do Meio investe 300 mil euros para defesa da floresta
Notícias ao Minuto

14:20 - 28/06/17 por Lusa

País Covilhã

O plano, apresentado hoje em sessão pública, resulta de uma parceria entre a Junta de Freguesia de Cortes do Meio e a Associação de Compartes do Baldio de Cortes do Meio e será comparticipado em 85% pelo Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (PO-SEUR).

A ser executado há cerca de seis meses, este investimento passa pela requalificação de 35 quilómetros de rede viária florestal, bem como pela criação de cerca 70 hectares de rede secundária da faixa de gestão de combustível.

"Grande parte da obra está realizada. Falta apenas concretizar cerca de 20% do previsto, o que será feito após a época de fogos. Mas, neste verão, já podemos contar com caminhos, aceiros e redes viárias requalificadas e devidamente conectadas com os pontos de água", referiu David Bizarro, secretário da Junta de Freguesia.

Lembrando que a Freguesia de Cortes do Meio tem uma área total de 42 quilómetros quadrados com uma densidade florestal muito significativa e com um risco de incêndio que, de acordo com a carta de perigosidade, é superior a 96%, este responsável destacou a importância de criar meios que permitiam "reduzir a vulnerabilidade estrutural" e que possam contribuir para a melhoria da resposta no combate.

"A nossa localização e as características da floresta constituem um verdadeiro barril de pólvora. Por isso, temos de fazer tudo para evitar que ele pegue fogo", apontou.

Lembrando que a prevenção é a melhor forma de combater os incêndios, David Bizarro anunciou ainda que a Junta de Freguesia manterá o trabalho que tem vindo a levar a cabo, tendo já aprovada uma nova candidatura de cerca de 125 mil euros, a qual permitirá criar redes primárias em 108 hectares.

"Este investimento é realizado tendo em conta o trabalho já executado e reforçará as infraestruturas de defesa da floresta contra incêndios", acrescentou.

O presidente da Junta de Freguesia de Cortes do Meio, Luís Filipe Santos, mostrou-se indignado com o facto de o investimento governamental nesta área estar maioritariamente concentrado no Alentejo e na zona da grande Lisboa e apelou à tutela para que corrija a situação, até porque a grande área florestal está no Interior.

O comandante operacional distrital de Castelo Branco, Francisco Peraboa, destacou "as enormes mais-valias" e o facto de estas redes constituírem "verdadeiras oportunidades de combate para todos os agentes de proteção que estão no teatro das operações".

Paulo Rodrigues, vice-presidente da Assembleia de Baldios de Cortes do Meio, explicou que ficaram de fora algumas vias que poderiam ter sido abrangidas por o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra incêndios não estar atualizado, tendo reivindicado a que essa revisão seja feita.

Presentes na sessão, os vereadores da Câmara Municipal da Covilhã com o pelouro da Floresta e com o pelouro da Proteção Civil, Jorge Torrão e Joaquim Matias, respetivamente, admitiram essa necessidade e garantiram que o trabalho nesse sentido será reforçado.

Joaquim Matias também criticou o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, acusando esta entidade de ser uma "força de bloqueio" no que concerne à revitalização, manutenção e ordenamento da floresta.

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