"A prioridade agora é o combate às chamas e o apoio às vítimas"
Marcelo Rebelo de Sousa continua na zona mais afetada pelas chamas que ceifaram a vida a, pelo menos, 62 pessoas.
© Global Imagens
País Presidentes
O número de vítimas mortais, resultantes das chamas que fustigaram o concelho de Pedrógão Grande estabilizou em 62 mortos e outros tantos feridos.
Nesse aspeto não há novidades, mas o Presidente da República continua presente num dos vários teatros de operações. Ao início desta tarde, a partir do posto de comando de Avelar, em Ansião, distrito de Leiria, o Chefe de Estado disse aos jornalistas que “o que está a ser feito, está a ser feito com critério e organização”, frisando, porém, que “há a noção de que as próximas horas – e esperemos que não muitos mais dias – serão ainda de combate, de luta”.
Questionado sobre a razão da sua presença no terreno, Marcelo Rebelo de Sousa disse que, por um lado, quer prestar “apoio aos que continuam o combate” e, por outro lado, confortar aqueles que “sofreram ou mais sofrem”.
“Eles têm direito a uma palavra de afeto”, frisou o Presidente, revelando que depois de ir aos postos de comando irá a “um ou outro centro de acolhimento” e terminará com a visita aos feridos que estão hospitalizados.
“Começa agora uma segunda fase quando a primeira ainda não terminou. Começa agora a fase de acolhimento, de reinserção comunitária”, lembrou, deixando ainda uma palavra de “louvor” a Pedro Passos Coelho que “disse que, independentemente daquilo que seja apreciado mais tarde, neste momento a prioridade nacional é a de, em conjunto, enfrentarmos este desafio”.
Quanto à origem do incêndio, Marcelo Rebelo de Sousa garante que não é o momento para se fazerem conjunturas sobre o tema. “Neste momento há uma prioridade que é o combate ao incêndio, o apoio às vítimas não mortais e às famílias das vítimas mortais. Já temos muitas frentes pela frente, não vamos juntar mais frentes a este momento que é muito difícil. Tudo tem o seu momento. Depois teremos todo o tempo do mundo para falar de causas e falar em reflexões”, rematou.
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