Inês perdeu tudo no incêndio de Londres, mas não faltou ao exame
Inês não pensou que o incêndio no quarto andar fosse afetar a sua casa no 13.º andar. Acabou por perder tudo, mas não faltou ao exame que tinha nesse mesmo dia.
© Just Giving
País Torre Grenfell
Inês Alves é uma das portuguesas que morava na torre Grenfell, consumida por um incêndio de grandes dimensões que provocou pelo menos 17 vítimas mortais na madrugada desta quarta-feira.
Segundo conta o The Guardian, a adolescente de 16 anos tinha exame de química nesse dia e não deixou de ir. Junto ao edifício em chamas, fez uma revisão da matéria, dormiu um par de horas em casa de amigos e às 9h00 foi para a escola.
A família de Inês escapou do edifício durante o primeiro estágio do incêndio. O pai saíra para um jantar com amigos e ao chegar a casa apanhou o elevador até ao 13.º piso. No entanto alguém chamara o elevador para o quarto andar e Miguel apercebeu-se de que aí começara um fogo.
Acabou a subida pelas escadas, alertou a família e todos desceram. Inês e o irmão Tiago, de 20 anos, saíram do prédio enquanto Miguel foi bater à porta de vizinhos.
Numa primeira fase, os bombeiros disseram à mãe dos jovens que pedisse aos vizinhos que ficassem em casa, mas como esta não levara o telemóvel consigo não cumpriu o pedido.
“Nunca pensei que [o fogo] se alastrasse a todo o edifício. Tinha os meus apontamentos comigo e pensei ‘mais vale sentar-me e fazer uma revisão’”, explicou Inês.
Ao chegar ao exame, mantinha o incêndio “no fundo da mente”, mas conseguiu concentrar-se. “Acho que não correu muito mal”, disse ao jornal britânico.
Além de ter recebido apoio na escola, como comida e roupa, Inês está dispensada de ir a mais exames.
Também foi lançada uma campanha de crowdfunding para ajudar a família Alves.
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