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"Heróis" das Forças Armadas "não têm sido bem tratados"

Marcelo Rebelo de Sousa esteve, esta terça-feira, presente na cerimónia do lançamento do livro ‘Deficientes das Forças Armadas - A Geração da Rutura’, em Lisboa.

"Heróis" das Forças Armadas "não têm sido bem tratados"
Notícias ao Minuto

17:06 - 30/05/17 por Anabela de Sousa Dantas com Lusa

País Presidente República

O Presidente da República marcou presença na sede da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), em Lisboa, para assinalar o lançamento do livro ‘Deficientes das Forças Armadas - A Geração da Rutura’, assim como para prestar homenagem a estes “heróis”, como o próprio definiu.

Quando questionado sobre se os deficientes das Forças Armadas foram sendo tratados bem ao longo dos anos, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu com um perentório “não”.

“Várias vezes não foram devidamente tratados, por várias circunstâncias: umas têm a ver com a revolução, o pós-revolução, a estabilização da democracia portuguesa, o facto das pessoas se ocuparem mais com o presente do que em olharem para a prestação da justiça a quem a merecia, no passado próximo houve uma desatenção em relações a estes heróis e, nesse sentido, a sociedade portuguesa, o Estado português está aos poucos a fazer esta justiça”, declarou.

O chefe de Estado admitiu que esse processo tem sido “muito lento”, pois “já passaram mais de 40 anos” mas garantiu que “o Presidente da República continua a apoiá-los nessa luta”.

Na intervenção que fez durante esta cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se aos antigos combatentes da guerra colonial que enchiam a sala como "homens que, com sentimento patriótico e espírito de altruísmo, defenderam o seu país quando a isso foram chamados".

"Vós sois os nossos heróis, num tempo de ditadura e de fim de ciclo imperial e colonial. Nesse capítulo intenso, dramaticamente intenso da nossa história. E quando olhamos para vós, continuamos a ver, para além de tudo o que foi sofrido, vida, capacidade de luta, orgulho, lealdade e amor. O Presidente da República manifesta aqui perante todos vós a rendida admiração, penhorada, de todos os portugueses", disse-lhes.

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas terminou o seu discurso declarando: "Mesmo quando alguns dos mais responsáveis demoraram ou demoram a fazer-vos integral justiça, Portugal, que o mesmo é dizer milhões de portugueses, não vos esqueceram, não vos esquecem, não esquecem a vossa doação nacional. Não esquecem hoje, e nunca esquecerão no futuro. Muito obrigado".

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