Família de David Duarte vai avançar com reabertura da investigação
"O que é inegável é que o David morreu sem lhe darem a oportunidade de lutar pela vida", vincou a advogada Cristina Malhão (à esquerda na foto).
© Global Imagens
País Advogado
Conhecido o despacho do Ministério Público, Cristina Malhão tem agora 20 dias para requerer a abertura da instrução. Por outras palavras, isto significa que a investigação à morte de David Duarte no Hospital de São José, a 14 de dezembro de 2015, vai continuar a ser investigada, pois, como disse a advogada ao Notícias ao Minuto “há duas questões importantes que o Ministério Público não investigou”.
Por um lado, a “responsabilidade de quem toma a decisão de transferir o jovem para o Hospital de São José”, sabendo de antemão qual era o diagnóstico de David e quais os meios que a unidade dispunha para o tratar.
“Isto não foi investigado convenientemente. A verdade é que a transferência foi uma ratoeira para o David”, apontou.
Por outro lado, existe também a questão da responsabilidade do Ministério da Saúde no que à gestão dos meios diz respeito. “A tutela não tomou as devidas medidas para gerir o sistema, dando indicações para os hospitais não transferirem pacientes naquele estado para aquela unidade”, explicou.
“Não sabemos se há responsabilidade criminal. Há é o dever de agir. Tanto a tutela como os titulares de cargos com responsabilidade sabiam o risco e conformaram-se com ele”, acusou.
Face ao exposto, Cristina Malhão vai mesmo avançar com o pedido de abertura da instrução porque o “Ministério Público não quis investigar”, mas ressalva: “Não estou a dizer que há responsabilidade criminal. Estou a dizer que é preciso apurar se há ou não. O mais adequado, por isso, é reabrir a investigação para se produzir prova”.
A advogada disse ainda estar “confiante” e acreditar na “justiça”, pois o “inquérito não esgotou a investigação”.
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