"Fruta Feia" vendida a preços atraentes para combater desperdício alimentar
O projeto Fruta Feia, galardoado hoje com o 2º prémio FAZ - Ideias de Origem Portuguesa, visa combater o desperdício alimentar em Portugal vendendo mais baratas frutas e hortaliças que não encontram escoamento devido a meros problemas estéticos.
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País Alimentação
"A ideia surgiu depois de ter percebido que uma das razões para esse desperdício é a preferência dos grandes canais de distribuição por frutas e hortaliças esteticamente perfeitos, o que não tem nada a ver com a sua qualidade", disse à agência Lusa Isabel Soares, a mentora do projeto hoje distinguido com o prémio no valor de 15 mil euros.
A portuguesa radicada em Barcelona, na Espanha, explicou que o objetivo do projeto é contribuir ativamente no combate ao desperdício alimentar em Portugal onde, apesar da crise económica e crescentes dificuldades sentidos por vários portugueses, todos anos continuam a ser desperdiçados "30 por cento da fruta e das hortaliças produzidas".
"A ideia é acabar com esse desperdício através da criação de uma cooperativa de consumo em que os sócios vão ser os próprios consumidores. Uma vez por semana, os nossos sócios vão poder adquirir as frutas e hortaliças consideradas feias pelos grandes canais de distribuição, mas de qualidade, a preços mais baratos", explicou.
O projeto-piloto vai arrancar "em breve no bairro" dos Anjos, em Lisboa, onde a Associação Casa Independente cedeu um espaço em que será feita essa distribuição semanal, adiantou.
"O objetivo é replicar essa cooperativa através de delegações locais noutras regiões do país", precisou Isabel Soares, explicando que o projeto, que para já conta com o apoio de cinco produtores da região de Lisboa e Vale do Tejo, será "única e exclusivamente assegurado pela venda da fruta".
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