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Comunidade cigana no país tem 37 mil indivíduos, 91% não tem o 3.º ciclo

O alto-comissário para as Migrações disse hoje que a comunidade cigana em Portugal é de 37 mil pessoas, sendo que 91,3%, não têm o 3.º ciclo do ensino básico.

Comunidade cigana no país tem 37 mil indivíduos, 91% não tem o 3.º ciclo
Notícias ao Minuto

22:02 - 19/05/17 por Lusa

País Alto-comissário

"Quando olhamos para o primeiro estudo nacional sobre as comunidades ciganas em Portugal, o levantamento feito a partir das autarquias, temos 37 mil pessoas no país. Apenas 8,7% dos ciganos têm o 3.º ciclo ou mais, ou se quiserem, 91,3% não têm o 3.º ciclo", afirmou Pedro Calado.

O alto-comissário para as Migrações falava no painel 'Crianças imigrantes, refugiadas e das comunidades ciganas: promoção e proteção, numa visão de Governação Integrada', do Encontro Nacional de Avaliação da Atividade das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), que decorreu em Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco.

"Para mais de 50% dos ciganos o RSI [Rendimento Social de Inserção] foi um fator que os fez regressar à escola, estudar e ir mais longe", frisou.

Pedro Calado adiantou ainda que dois terços dos ciganos casaram antes dos 19 anos e 16%, fizeram-no entre os 12 e os 14 anos.

Explicou também que uma observação "muito interessante", prende-se com o facto de quando questionados sobre quem não queriam ter como vizinho, a resposta principal que foi obtida, "são outros ciganos".

Já em relação aos refugiados, o Alto Comissário para as Migrações disse que o país já recebeu 1.331 indivíduos que estão espalhados por mais de 92 municípios, dos quais 767 vieram da Síria (461 são crianças), sendo que 16 já nasceram em Portugal.

Os dados apresentados mostram que 100% dos refugiados têm acesso à saúde, 94% acesso à aprendizagem da língua, 94% acesso à escola e 38% a trabalho e formação.

"Quando comparamos com a Alemanha que é o país que mais refugiados recebeu, apenas 13% estão a trabalhar. Em Portugal, só no emprego são 23%", frisou.

Pedro Calado esclareceu que aqueles que abandonam o país, fazem-no porque têm laços familiares ou comunidades em outros países europeus.

"Portugal está a fazer um trabalho exemplar", concluiu.

Este responsável sublinhou que Portugal é o oitavo país da União Europeia com menos estrangeiros na população residente (3,8%).

A sessão de encerramento foi presidida pela secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, que deixou como desafio para o futuro próximo, avançar para o reforço do novo programa de formação que aposte na área.

Sobre o relatório de 2016 das CPCJ, a governante sublinhou que este apresenta "elementos de esperança", sobretudo, na redução do número global de processos referentes ao ano passado e também uma evolução em outros indicadores, como a sinalização de crianças em situação de perigo.

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