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Julgamentos em Guimarães com interrupções para atualizar computadores

O ciberataque internacional lançado na sexta-feira está a provocar "interrupções" nos julgamentos, devido às "atualizações" dos computadores, informou hoje uma funcionária judicial do Tribunal da Relação de Guimarães.

Julgamentos em Guimarães com interrupções para atualizar computadores
Notícias ao Minuto

20:03 - 16/05/17 por Lusa

País Ciberataque

Segundo a funcionária, as atualizações dos computadores naquele tribunal ocorrem três vezes por dia, demorando cada uma entre 20 a 30 minutos.

Enquanto decorrem as atualizações, as sessões de julgamento não podem ser gravadas, o que obriga a interrupções.

Hoje, a leitura de um acórdão no Tribunal da Relação de Guimarães foi interrompida, depois de o computador que estava a ser utilizado na sala ter entrado em atualização.

Após uma pausa, a juíza presidente do coletivo optou por prosseguir com a leitura sem gravação.

Um advogado disse que já na segunda-feira tinha presenciado uma situação idêntica num tribunal no Porto.

Na segunda-feira, o Ministério da Justiça (MJ) adiantou que não registou incidentes nos seus serviços causados pelo ciberataque internacional, mas admitiu que se poderia verificar alguma lentidão nas conservatórias devido à instalação de 'software' de segurança.

"Não há qualquer incidente provocado pelo 'malware' ['software' que se infiltra num computador alheio de forma ilícita, causando danos, alterações ou roubo de informações] na rede do Ministério da Justiça", assegurou o MJ, em resposta à agência Lusa, sublinhando que "todos os sistemas centrais dos tribunais e registos estão a funcionar".

O MJ referiu contudo que, em algumas conservatórias, face à instalação de 'software' adicional de segurança nas máquinas, pode verificar-se "alguma lentidão nos computadores, o que eventualmente se poderá refletir na capacidade de atendimento".

O MJ salienta que as "medidas de precaução adequadas" foram tomadas ainda na sexta-feira e que foi enviado pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) um e-mail de aviso aos funcionários e colaboradores, assim como a todos os organismos do Ministério da Justiça para divulgação pelos seus funcionários.

O ciberataque lançado na sexta-feira contra vários países e organizações foi de "um nível sem precedentes", admitiu no sábado o gabinete europeu da Europol.

O ataque informático de grandes dimensões à escala internacional atingiu principalmente empresas de telecomunicações e energia mas também a banca, segundo a multinacional de serviços tecnológicos Claranet.

Entretanto, a Claranet alertou hoje para a possibilidade de novos ciberataques e aconselhou os utilizadores a terem os sistemas atualizados, não abrir anexos desconhecidos e desligar da energia todo o equipamento suspeito de estar infetado.

Este ciberataque já afetou 150 países e 200 mil sistemas informáticos.

Hoje, o Centro Nacional de Cibersegurança desativou o estado de alerta de três dias depois do ciberataque.

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